Marília

Saúde confirma dois novos casos de leishmaniose em Marília

Saúde confirma dois novos casos de leishmaniose em Marília

A Secretaria Municipal de Saúde de Marília informou nesta sexta-feira (4) que foram notificados mais dois casos da doença na cidade. A secretaria faz busca ativa de pessoas com sintomas, exames em cães e trabalho educativo estão na região dos novos casos.

Uma notificação refere-se a um paciente adulto, residente no bairro Altaneira, entre a zona norte e leste da cidade. O outro caso positivo é de uma criança, na região popularmente conhecida como Chácara São Carlos, no Alto Cafezal (zona oeste). Com os novos registros, neste ano são 11 casos.

Em nota, a secretaria explica que os sintomas da Leishmaniose visceral podem levar meses para serem observados. Equipes de saúde da região dos novos casos realizam exames clínicos e buscam moradores sintomáticos.

Também estão sendo realizadas ações de orientação, pelos agentes comunitários de saúde e agentes de controle de endemias, em relação ao vetor da doença. Para combater o mosquito-palha (Lutzomyia longipalpisse), é preciso limpar os quintais.

O inseto se reproduz facilmente entre folhas secas, galhos de árvores, madeira, fezes de animais, frutas podres e material orgânico. A população está sendo orientada a realizar a limpeza e redobrar a atenção com a higiene dos cães.

Profissionais da Divisão de Zoonoses também fazem exames em cães, nas regiões em que houve notificações, para identificar animais contaminados. Os moradores estão sendo orientados sobre os riscos da doença, que pode provocar sintomas graves em humanos e até a morte.

TRANSMISSÃO

A cidade apresenta casos da doença em humanos desde 2011, quando foi confirmada uma notificação de leishmaniose visceral na zona norte. Em 2014 foram outras duas ocorrências e em 2015 mais uma. Em 2016 o número disparou: foram dez casos.

No primeiro semestre foram confirmados nove notificações positivas da doença, todas na mesma região, sendo cinco no Jânios Quadros e Alcides Matiuzzi. Por isso, ações de controle naquela região foram intensificadas.

É orientação do Grupo Técnico, para controle da doença, a eliminação dos galinheiros e chiqueiros dos quintais dos imóveis urbanos. Os animais fornecem sangue (alimentação) para o mosquito-palha, além de viverem em ambientes de difícil asseio, propícios para a reprodução do inseto.