Marília

Saúde de Marília amplia orientação e busca de casos contra hanseniase

Saúde de Marília amplia orientação e busca de casos contra hanseniase

A Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde de Marília iniciou a campanha anual de combate à Hanseníase e prevê atuação especial de orientação e busca ativa de casos pelas equipes de Atenção Primária das 52 unidades de saúde do município.

Esse evento é importante para que a população tenha mais informações sobre a doença e para que ocorra a identificação de doentes, tratamento oportuno e interrupção da cadeia de transmissão.

Durante a campanha serão desenvolvidas atividades de busca ativa em todas as unidades, consistindo, principalmente, na aplicação de um questionário simplificado, com 14 perguntas, para ajudar paciente e profissional de saúde a identificar a suspeita da doença.

“Quanto mais precoce o diagnóstico, menor o risco de transmissão da doença e menores as complicações e sequelas provocadas pelo comprometimento dos nervos periféricos que caracterizam essa patologia”, explica a enfermeira responsável pela Vigilância Epidemiológica, Alessandra Arrigoni.

A hanseníase é uma doença infecciosa, causada por uma bactéria. É transmissível e atinge, principalmente, a pele e os nervos periféricos como mãos e pés. Quanto mais cedo for diagnosticada, mais eficaz será o tratamento.

A transmissão ocorre pelas vias respiratórias (fala, espirro ou tosse), durante o convívio prolongado com o doente sem tratamento. É longo o espaço de tempo entre o contágio e o aparecimento dos sinais da doença. O paciente deixa de transmitir a doença para seus familiares ao iniciar o tratamento medicamentoso.

O tratamento é realizado por meio de medicamentos que são dispensados gratuitamente pela rede municipal. O paciente deve ir uma vez por mês à unidade de referência para acompanhar os casos, o Serviço de Assistência Especializada (SAE). A hanseníase tem cura.

A pessoa que manteve ou mantém contato frequente com portador da hanseníase, deve procurar a unidade de saúde de referência (ao domicílio) para uma consulta médica e receber orientações específicas.

“O primeiro atendimento é na unidade de saúde, que levanta a suspeita com exames mais simplificados, encaminhando o paciente para o exame específico, realizado pelo dermatologista clínico do SAE”, disse Arrigoni.