Marília

Saúde deve fechar farmácias em UBSs e criar pontos de distribuição

Saúde deve fechar farmácias em UBSs e criar pontos de distribuição

A Secretaria de Saúde vai desativar de forma gradual as farmácias das unidades básicas de Marília por falta de farmacêuticos para atuação em todos os pontos de atendimento. O serviço deve ser transferido para alguns pontos de entrega distribuídos na cidade. Por enquanto a secretaria prevê quatro pontos.

A informação foi apresentada durante audiência pública realizada na tarde desta quinta-feira na Câmara de Marília com participação da secretária Katia Ferraz. O encontro discutiu gestão, pagamento de prestadores de serviços do SUS e a crise com agentes de endemias, um serviço que entrou em risco de corte. 

Kátia Ferraz afirmou que um projeto de lei já enviado para a Câmara para ampliar porazo de contratações temporárias de agentes de endemias, que fazem contato casa a casa. A previsão é contratar ainda mais nove agentes temporários para superar a crise. Segundo a secretária, o corte dos agentes pode acontecer por fim do prazo para tremporários.

FARMÁCIAS


Segundo a secretária, as farmácias devem funcionar no distrito de Padre Nóbrega, no prédio do antigo PA da zona Norte e em prédios hoje ocupados pelas Farmácias Populares no centro e na zona sul. Os prédios devem ser desocupados pelo fechamento das farmácias, anunciado pelo governo federal, que vai usar rede privada de farmácias para distribuir os remédios.

A secretária afirmou que a presença de farmacêutico em todos os postos é uma exigência legal cobrada pelo Conselho de Farmácia e disse que não há recursos para contratar profissionais destinados a atender em todas as unidades de saúde.

OBRAS

A secretária anunciou que em julho deve transferir para o prédio do antigo PA da zona norte a unidade de saúde do bairro Santa Antonieta. O prédio está desocupado desdee a inauguração da UPA, que assumiu os serviços do posto.

A unidade Cascata, da rua 9 de Julho, também vai ser transferida. A unidade usa um prédio da prefeitura, que precisa de uma grande reforma. A unidade vai ocupar um prédio alugado em área próxima.

A saúde também está em fase de licitação obras para unidades de saúde na Vila Nova, Cavallari, Parque das Nações e Marina Moretti.

LEISHMANIOSE

“A leishmaniose já é endêmica, vamos precisar ter programas permanentes de controle”, afirmou. Disse que é um “trabalho árduo” que envolve investigação de animais casa a casa e cuidados com limpeza em quintais.

Prevê implantação de coleta diferenciada de lixo orgânico – como folhas e galhos – para controlar proliferação do mosquito palha, transmissor da doença.

A cidade contabiliza oito casos em humanos. A doença é transmitida a partir de cães contaminados picados pelo mosquito. No caso dos animais a indicação é para eutanásia dos animais.

Outra proposta é organizar um mutirão de castração focado na leishmaniose e acompanhar regiões onde inquérito de animais para identificar pontos da cidade onde é preciso fazer controle.

MUTIRÕES

Embora a prefeituras tenha até anunciado mutirões de especialidades, a secretária afirmou que a meta é rever o atendimento para evitar os mutirões.

A Saúde já fechou com o Hospital Universitário acordo para realização de vários procedimentos de média complexidade. Um termo equivalente deve ser assinado para realização dos procedimentos pela Santa Casa.

A saúde municipal deve aderir a um mutirão federal de procedimentos para até o final do ano enxugar a fila de espera por cirurgias e tratar da mesma maneira as consultas de média complexidade, que também exigem espera dos pacientes.