Marília

Saúde, limpeza e obras têm 825 vagas sem funcionários

Trabalhadores da prefeitura em serviço: sobram vagas, faltam funcionários
Trabalhadores da prefeitura em serviço: sobram vagas, faltam funcionários

Dados divulgados pela Prefeitura de Marília mostram que faltam pelo menos 825 servidores para ocupar vagas já criadas no quadro da administração em serviços básicos dos setores de saúde, limpeza e serviços braçais, envolvidos com atendimento e manutenção da cidade.

São vagas efetivas, não preenchidas, criadas cada vez que a Prefeitura abre um concurso público. E que seguem abertas, enquanto a cidade acumula problemas, inclusive para saúde e limpeza juntas, como o controle da epidemia de dengue.

A Justificativa da prefeitura para não contratar é a Lei dee Responsabilidade Fiscalk. Segundo a administração, os gastos com a folha de pagamento atingiram o limite permitido – 54% do orçamento –  o que já teria provocado até um alerta do Tribunal de Contas.


Segundo a administração, sem aumento de arrecadação e de receitas que aumente o orçamento geral o volume de gastos com servidores não pode ser aumentado. A folha consumiu em dezembro R$ 15.523.982,14, mais R$ 750.145,40 em cestas básicas.
O maior volume de vagas abertas está no setor de trabalhadores braçais. São 309 vagas não preenchidas. Faltam também 197 auxiliares de serviços gerais, 63 garis, 109 coletores de lixo e 150 agentes comunitários de saúde.

E os números tratam apenas dos serviços mais básicos, das carreiras  mais simples. O quadro mostra ainda 88 vagas para médicos, 32 para motoristas socorristas, 26 operadores de máquinas.

Em outros setores, como educação, há grandes números também:  158 professores de Emei e 110 professores de Emefs poderiam ser contratados pela previsão de quadro de servidores.

As informações são públicas, estão no “Portal de Transparência”, junto a outros dados da contabilidade. O que não aparece nos números é que além de ameaçar os serviços e atendimento, o esvaziamento das vagas também começa a ameaçar o Instituto de Previdência do Município, segundo um alerta do Sindicato dos Servidores.

“Todos os anos aumenta o número de servidores que se aposentam, se afastam em licença de até dois anos. E sem a reposição cai o volume de contribuições ao Instituto, mas o volume de pagamentos só cresce. Ou seja, gasta mais e arrecada menos”, explica o presidente do Sindicato, Mauro Cirino.

O sindicalista disse ainda que a política da administração tem sido terceirizar, o que gera custos altos, já que além dos custos do trabalho envolve lucro das empresas. “Sem falar que  terceirização, contratos sempre geram suspeitas”, lembra.