O administrador e ex-dirigente sindical Hélio Benetti é o novo secretário municipal da Saúde em Marília, em substituição ao assistente técnico em saúde Danilo Bigeschi que comandou a posta desde meados do ano passado.
É o quarto nome a ocupar a pasta neste mandato e a segunda vez que o prefeito Vinícius Camarinha nomeia um profissional fora da área médica para gerir a secretaria.
Mais uma vez, assim como na nomeação de Danilo, Vinícius optou por uma indicação de confiança no núcleo de seu bloco político.
A falta de médicos no comando da pasta não é exatamente uma opção. Desde a saída do ginecologista Luiz Takano, em 2015, a administração enfrenta dificuldades em encontrar um nome de peso no setor.
A dificuldade é explicada principalmente grande desgaste de um cargo que exige muito e nos últimos anos tem implicado em investigações e ações judiciais que acompanham os profissionais muito após o final do mandato.
Takano, por exemplo, deixou a administração investigado pelo Ministério Público por acusação de omissão no controle da epidemia de dengue entre 2014 e 2015.
Benetti (FOTO) deixa a secretaria da Assistência Social, que comandava desde o início da gestão e que deu a ele relacionamento com prefeituras e órgãos do setor em todo o Estado. Seu nome chegou a ser divulgado como provável indicação a cargo no governo estadual.
Agora vai gerir o maior orçamento da cidade, inflado pelos repasses federais e estaduais do sistema de municipalização da gestão de saúde e responsável pelos repasses e pagamentos a hospitais.
A assistente social Neide Brito de Moura Leati, que era a gestora do Fundo Municipal de Assistência Social, será a nova secretária municipal do setor.
A mudança reforça ainda um dos símbolos da atual gestão: o troca-troca de secretários. ALém de quatro nomes na saúde, já foram trocados responáveis pela Educação, Obras, Emdurb, Daem, Desenvolvimento, Trabalho, Meio Ambiente e Administração, além de uma intensa movimentação em cargos de segundo e terceiro escalão, inclusive para acomodar noms de confiança que deixaram a Câmara por ordem judicial.