A Secretaria Municipal da Saúde de Marília deve ampliar neste mês as ações concentradas de combate à leishmaniose na zona norte da cidade. Uma das medidas é ampliar o impacto das ações que hoje atingem os bairros JK e Jânio Quadros e serão estendidas para o Santa Antonieta, jardim Renata e Alcides Mattiuzo.
Caminhões vão percorrer as ruas para recolher materiais orgânicos que os moradores serão orientados a deixar em frente às casas. A data de início da coleta ainda será divulgada. Não adianta depositar antes ou depois.
Nesta terça-feira (09), a coordenadora da Divisão de Zoonoses, Ticiana Donati dos Reis, esteve na UBS (Unidade Básica de Saúde) Santa Antonieta e na USF (Unidade Saúde da Família Jardim Renata) para apresentar o trabalho.
As coletas serão feitas às segundas, quartas e sextas-feiras no Jardim Santa Antonieta e Renata; às terças-feiras no JK e às quintas no Alcides Matiuzzo e Jânio Quadros.
“Vamos entrar com o manejo ambiental (coleta de materiais propícios ao mosquito transmissor da leishmaniose) e na sequência será iniciado o inquérito canino (coleta de sangue e exame dos cães) nestes bairros. Simultaneamente, será feito um trabalho forte de Educação em Saúde, envolvendo a comunidade”, disse.
“No Jânio Quadros, área onde já foi feito esse trabalho, não tivemos novos casos. Evidente que esse resultado é parcial e não podemos esmorecer, mas é uma indicação de que o caminho é esse”, disse.
O combate ao flebótomo (mosquito-palha), transmissor da doença, exige envolvimento da população. O inseto se reproduz em meio à matéria orgânica, como galhos, folhas secas, restos de madeira, frutas apodrecidas, fezes de animais e outros rejeitos em decomposição. }
Por isso, é fundamental que a população vistorie os quintais e elimine os focos. Os agentes de saúde também irão orientar sobre a proibição à criação de porcos e galinhas no perímetro urbano.
A prática é vedada pelo Código Sanitário Estadual, disposto pelo item I do artigo 14 da lei 10.083/98 e artigo 538 do Decreto 12.342/78, ambos válidos em todo território paulista.
Em 2017, foram registrados 14 casos positivos. Outras três ainda estão sob investigação. Não houve nenhum óbito pela doença, conforme dados da Vigilância Epidemiológica do município.