Marília

Sem acordo, Comércio encerra negociação salarial; veja como deve ficar reajuste

Sem acordo, Comércio encerra negociação salarial; veja como deve ficar reajuste

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Marília, Pedro Pavão, anunciou em nota nesta segunda-feira o encerramento das negociações sobre campanha salarial dos empregados, que se arrasta há seis sem acordo. Os detalhes da decisão devem ser apresentados em entrevista coletiva nesta terça-feira.

O acordo salarial e de cláusulas sociais deveria ter sido assinado em setembro, data base da categoria. Após reuniões e uma rodada com intervenção do Ministério do Trabalho a negociação não avançou.

Sem negociação, o comércio deve trara a convenção coletiva assinada em 2014 como regra para mais este ano e só volta a discutir mudanças em setembro. Para os comerciários, a decisão deve provocar uma medida judicial pedindo que a Justiça do Trabalho julgue o direito ao reajuste e eventuais novas cláusulas sociais. 

Enquanto isso, comerciários seguem com os salários congelados e os comerciantes sob risco de eventual ordem judicial que determine o pagamento com todas as correções a partir de setembro. Ou seja, as lojas podem ser obriogadas a gastos altos fora do orçamento.

O entrave ficou na definição do índice de correção salarial. O Sindicato dos Empregados pedia no início da campanha recomposição das perdas mais um índice de aumento real. Com o impasse, a negociação passou a girar apenas em torno do índice oficial da inflação

A proposta patronal mais próxima foi apresentada em novembro,  quando Pavão admitiu pagar o índice de outubro, sem atualização, com duas formas de cálculo. 

A primeira, pagar 9,9% – inflação medida até setembro – mas sem a reposição de outubro e novembro, com perda de quase 20% para empregados, A segunda, pagar os mesmos 9,9% em duas parcelas, em dezembro e março, também sem a correção dos meses de janeiro e fevereiro.

No comunicado distribuído hoje (29) com o convite para a coletiva, Pavão afirma que “a falta de acordo se deu pelo fato de que o representante dos comerciários não aceitou nenhuma das medidas apresentadas e, através de postura irredutível sem qualquer possibilidade de diálogo acabou prejudicando toda a categoria varejista da cidade”.

O presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio, Mário Herrera, afirmou por sua assessoria que não vai se pronunciar. Em 2015 Herrera já havia dito que não abria mão da reposição de perdas, afirmou que muitas cidades – maiores e menores que Marília – firmaram o acordo e que em caso de entrave do acordo iria cobrar na Justiça mais que o reajuste total, com pedidos de cláusulas sociais que ainda não são concedidas aos empregados.