Marília

Sem desfile, feriado terá protesto contra aumento de passagens e corrupção

Sem desfile, feriado terá protesto contra aumento de passagens e corrupção

Vai ter protesto. Organizadores da Marcha da Cidadania e da Marcha das Mulheres anunciaram que as duas manifestações vão para as ruas no feriado de 7 de Setembro, mesmo com o cancelamento do tradicional desfile Cívico-Militar.

Os temas das manifestações também estão definidos: combate à corrupção, ao aumento das tarifas de ônibus, escândalos na Câmara, defesa dos direitos das mulheres e crítica ao abandono da periferia.

A decisão inclui colocar nas ruas faixas, carro de som, um caixão com imagens de políticos da administração e dos dez vereadores governistas. A Marcha das Mulheres levará faixas e cartazes cobrando políticas públicas de valorização e espaço para atuação, com respeito e  igualdade.

O aumento de 5% nas passagens, que chegam a uma alta acumulada de 20% em oito meses, será lembrado na Marcha das Mulheres, que destacam impacto da medida sobre orçamento para mulheres trabalhadoras, que usam ônibus como transporte pessoal e da Família.

“A Marcha das Mulheres vai debater os nossos direitos e defender contra o aumento. E chamar os movimentos sociais para as ruas”, diz Lu Santos, uma das coordenadoras do evento. Será a quarta edição.

A Marcha da Cidadania envolve ainda a organização do Grito dos Excluídos, uma manifestação que chega à 21ª edição e nasceu ligada a movimentos de pastorais populares da Igreja Católica.

Todos os anos o Grito leva para as ruas um tema nacional. O deste ano é uma crítica à desigualdade e à mídia: “Que país é esse que mata gente, que a mídia mente e nos consome?”. O tema será integrado às questões locais.

“A Marcha independe de desfile, já foi para as ruas outras vezes. Estaremos até mais livres, os bate-paus não vão estar lá”, disse Antonio Vieira, um dos organizadores da Marcha da Cidadania.

Ele explica que os temas municipais do protesto vão lembrar os escândalos com as condenações judiciais de dois vereadores – Herval Rosa Seabra (PSB), condenado a oito anos e dez meses de prisão por Peculato e José Menezes (PSC) condenado por uso de documento falso – que permanecem no cargo além de problemas da periferia.

“O caso da Câmara é o mais grave e é importante divulgar que ano que vem tem eleições, é momento para pensar que esses vereadores que lá estão podem ser eleitos novamente”, destaca.

Os dois protestos terão concentração a partir de 9h em frente ao Espaço Cultural, na esquina da avenida Sampaio Vidal com a rua Paraná, e caminhada até o Paço Municipal.