Marília

Sem equipamentos, limpeza de roupas do HC vira polêmica

Caminhão leva roupas sujas para lavandeira; mesmo baú traz roupa limpa segundo servidores
Caminhão leva roupas sujas para lavandeira; mesmo baú traz roupa limpa segundo servidores

Uma nova ala de lavanderia do Hospital das Clínicas, mantido pelo complexo Famema, está ociosa por falta de equipamentos. A instituição aguarda compra de material pela Secretaria da Saúde, responsável pelo hospital.

Enquanto os equipamentos não chegam, a Famema gasta com terceirização de limpeza e entrega do material de cama e banho, além de vestuário de atendimento e procedimentos médicos. E pior: gasta com serviço que levanta suspeitas. 

Servidores do HC divulgaram fotos com imagens do transporte de ida. O caminhão baú, sem qualquer divisão, leva os pacotes sobre placas de papelão e ainda tem as laterais do baú cobertas por pedaços de feltro e outros tecidos e material de transporte como cordas e até um suporte para estas peças de pano.

A higienização deveria envolver a limpeza de todo este conteúdo que pode entrar em contato tanto com a roupa suja quanto a roupa limpa.O transporte dos vários pacotes de roupas sujas e limpas é feito por pequenos caminhões baú, também terceirizados, contratados para os serviços. O mesmo caminhão que leva a roupa suja traz a roupa limpa, no mesmo baú. 

Segundo a Famema, todo este procedimento é fiscalizado pela Vigilância Sanitária e realizado de acordo com normas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância sanitária) e os responsáveis comprometem-se a higienizar os caminhões antes de transportar as roupas limpas.

Toda aa terceirização é feita porque a Famema tem equipamentos antigos, obsoletos e desativados, que não compensam a manutenção. O complexo aguarda novos equipamentos e há meses gasta com a terceirização. 

A instalação dos equipamentos é apenas uma das expectativas da cidade depois que o HC foi transformado em uma autarquia do governo estadual, vinculado à secretaria da saúde.

Referência para atendimento médico a pacientes de 62 cidades na região, o HC atravessa momento de crise que envolve salários sem reajuste, falta de pessoal, preocupação de estudantes com a qualidade como hospital-escola além de problemas pontuais que em 2015 variaram de falta de remédios a falta de cobertores para pacientes.