Fracassou a mesa redonda de negociação sobre salários do comércio convocada pelo Ministério do Trabalho nesta terça-feira em Marília. O encontro reuniu representantes de comerciantes e comerciários, mas o presidente do sindicato patronal, Pedro Pavão, não participou.
Segundo nota da assessoria, Pavão recupera-se de um procedimento cirúrgico e foi substituído pela advogada Daniela Marinha, do departamento jurídico da entidade. O presidente do Sindicato dos Comerciários, Mário Herrera, representou os trabalhadores no encontro.
O impasse atrasa a convenção coletiva que define cláusulas salariais, horários e benefícios sociais dos trabalhadores, que deveria ter entrado em vigor no dia 1º de setembro.
As propostas, recusadas pelo representante dos comerciários, abrangem o reajuste salarial na forma integral de 9,62%, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e a inclusão das jornadas reduzidas com redução de salários até o limite de 25 horas semanais.
Sem o acordo, os eventuais reajustes acumulam e quando a convenção for assinada as lojas terão de pagar os valores corrigidos e atualizados. NO ano passado o valor chegou perto de um salário a cada comerciário.
Apesar disso o Sindicato o Comércio recomenda as empresas varejistas de sua base territorial que não efetivem reajustes ou alterações em suas folhas de pagamento sem consulta. Também orienta lojistas a cancelar desconto da Contribuição Assistencial dos empregados que não tenham assinado autorização de pagamento. A medida é uma forma de combater a arrecadação do sindicato dos empregados.