Um servidor de Marília denunciou à Corregedoria a contratação de operador sem qualificação para setor com riscos e impacto no abastecimento de água.
Diz que o futuro operador não mostrou formação técnica e chegou sem treinamento. O serviço, que tem até adicional de periculosidade, mantém abastecimento da zona sul. A Corregedoria não apresentou reposta.
É a primeira queixa formal revelada em relação à Ric Ambiental, que assumiu os serviços de água e esgoto na cidade em setembro. A empresa foi procurada pelo Giro Marília, mas não se manifestou.
O servidor também enviou os dados à Agência de Água, que substituiu o Daem (Departamento de Água e Esgoto de Marília).
“Apresentou-se na estação de trabalho um indivíduo que se identificou como novo operador da concessionária Ric Ambiental. Solicitou que eu ministrasse um treinamento a ele”, diz a denúncia.
Disse ainda que fez perguntas a experiência com bombas centrífugas e conhecimento de tensão, corrente, pressão, pH, entre outros.
“Fui informado de que ele não possuía tais conhecimentos, sendo sua experiência anterior restrita à limpeza de piscinas, atividade que ele ainda desempenha.”
O documento relata ainda que o servidor recusou oferecer treinamento. Aponta que não há previsão legal ou contratual para que servidores capacitem terceiros.
“Todos nós passamos por um rigoroso processo seletivo, com avaliações teóricas e práticas, particularmente no manuseio de bombas e outros equipamentos críticos.”
Citou necessidade de um curso de qualificação com carga horária mínima de 40 horas, além do conhecimento específico para prevenção de riscos elétricos.