Servidores municipais em greve montaram hoje no centro da cidade Um varal de holerites com registros de salários líquidos abaixo de R$ 500. Foi um dos atos em manhã de muitas novidades: caminhão de som, passeata pela Sampaio Vidal e votação que rejeitou o fim da greve. E a terça-feira promete. os servidores anunciaram convite para reunião com prefeito Vinícius Camarinha às 9h30.
O varal de holerites é uma reação dos servidores municipais em greve à divulgação de que a categoria tem salários acima da média, inclusive da vida privada.
As cópias penduradas mostravam salários em diferentes faixas, inclusive de servidores mais antigos, com benefícios na faixa dos R$ 4 mil a R$ 5 mil reais, mas também de professores com pouco mais de R$ 1.500 líquidos.
O varal foi afixado em praça pública, nos jardins entre a prefeitura e a Câmara da cidade e o valor dos vencimentos foi tema central do protesto que fechou a avenida Sampaio Vidal e teve discursos de diferentes oradores contra a administração.
Outra novidade do dia foi a resposta ao pedido de intervenção da Câmara para reabertura de negociações. O Comando de greve foi chamado para ouvir resposta às três reivindicações dos servidores:
– Os dias parados não serão descontados, mas terão de ser repostos, ou seja, terão de ser trabalhados.
– A prefeitura rejeita gatilho para vincular os salários ao índice da inflação medido pela Fipe e pede que os servidores sugiram outro índice;
– A prefeitura não concede mais nada de reajuste salarial além dos 4,5% já aprovados.
As respostas renderam votação e os servidores rejeitaram em massa. Foi aprovada proposta para manter a greve, os protestos no centro e as manifestações.
Após a rejeição, os discursos de greve também subiram o tom de críticas. O sindicato passou a atacar os gastos com terceirizações, o número de cargos em comissão e gastos supérfluos da administração municipal.