Servidores municipais rejeitaram no final da manhã desta quarta-feira as contas de 2013 e 2014 e a previsão de arrecadação apresentadas pelo Sindicato da categoria em assembleia que provocou polêmica desde a convocação, feita em meio a um feriado prolongado e em horário que impediu participação da maioria dos trabalhadores.
As contas receberam seis votos a favor e 15 votos contrários. Falta de notas fiscais, detalhes dos gastos e movimentação foram os principais motivos apresentados pelos trabalhadores. A projeção de contas para 2016 foi rejeitada por 15 votos contra sete e os principais argumentos foram a falta de informações sobre os gastos deste ano.
A rejeição das contas foi registrada em uma ata, lida pelo presidente do sindicato, Mauro Cirino, logo após a votação e ainda causou polêmica: servidores que votaram contra pediram cópia do documento assinado.
O resultado foi divulgado em vídeo gravado por um dos trabalhadores que mostra a leitura da ata e a pressão dos trabalhadores para que a cópia fosse apresentada pelo presidente com a assinatura. E mostraram surpresa com a relutância de Mauro Cirino em assinar.
O próprio presidente disse como justificativa para não assinar que “isso ainda pode ser mudado”. “Esse é o nosso medo, Mauro”, respondeu uma servidora que acompanhava e que não apareceu nas imagens.
[movie_id#208]
A relação do sindicato com os servidores ficou muito ruim desde o encerramento da greve história de maio e junho, quando a categoria ficou parada por 35 dias.
O acordo para encerrar a greve foi eito em reunião à noite, sem divulgação, e além de deixar a categoria sem reajuste provocou compensação de horas em finais de semana e feriados.