Marília

Servidores rejeitam proposta de acordo; prefeitura diz estar "no limite"

Servidores rejeitam proposta de acordo; prefeitura diz estar "no limite"

Assembleia dos servidores municipais realizada na porta da prefeitura no início da noite desta sexta-feira rejeitou as propostas de acordo apresentadas poucas horas antes pelo prefeito Daniel Alonso, aprovou uma proposta de reajuste de 4% com R$ 300 de vale alimentação e deu sobrevida à crise política na relação dos trabalhadores com a administração.

O prefeito havia apresentado às 16h duas alternativas de acordo: reajuste de 2% nos salários e vale alimentação de R$ 200, com 60% de aumento sobre o atual valor de R$ 125, ou pagamento de R$ 300 no vale transformado em pecúnia, ou seja, pago em dinheiro no holerite.

As duas propostas foram rejeitadas na assembleia em meio a muitas discussões. Uma terceira proposta lançada no encontro dos trabalhadores, para reajuste de 2% com vale de R$ 300 também foi rejeitada.

A decisão dos trabalhadores vai ser oficialmente apresentada à administração na segunda-feira, com pedido de nova reunião. A assembleia já começou a discutir também a organização dos servidores para mobilização e pressão, que envolve orientação para que os trabalhadores acompanhem o pedido da reunião e estejam na porta da prefeitura quando houver negociação.

O prefeito Daniel Alonso disse ao Giro após a assembleia que a administração está aberta a conversar com os servidores, mas que a proposta chegou ao limite das condições econômicas da prefeitura.

“Tivemos uma reunião muito sincera, de duas horas, em que as pessoas presentes em um auditório lotado mostraram muita compreensão deque o orçamento não permite reajuste maior”, disse o prefeito.

Daniel repetiu informação que já havia apresentado na reunião sobre o impacto da incorporação do abono de R$ 200 em janeiro.

“Tínhamos até respaldo jurídico para não incorporar, mas eu banquei a incorporação naquele momento. Poderia ter aguardado para usar na campanha salarial, mas não, incorporamos, com um reflexo financeiro de 5,4%, que os servidores precisam considerar.”