Marília

Sindicância investiga compra e abandono de Parque Aquático

Sindicância investiga compra e abandono de Parque Aquático

A Corregedoria Municipal de Marília instaurou nesta quarta-feira uma sindicância para investigar eventuais irregularidades na dispensa de licitação e no ato firmada para a compra do terreno que foi transformado no Parque Aquático de Marília.

O gasto suspeito é mais uma medida polêmica do ex-prefeito Mário Bulgarelli e foi realizada em 2008, quando ele foi reeleito para um segundo mandato desastroso, que o próprio Bulgarelli interrompeu antes de acabar e renunciou.

Segundo a portaria que instala a sindicância, a investigação é baseada em decisão do Tribunal que julgou irregulares a dispensa de licitação e o ato firmado para aquisição de imóvel , na estrada vicinal Marília-Avencas Danilo Gonzales s/n, Bairro Flamingo.

O espaço, com área de 98.000m², foi adquirida inicialmente por empresários que pretendiam instalar um complexo de Thermas de Marília, a exemplo de parques de sucesso em outras cidades. Mas o investimento não avançou e a prefeitura assumiu o risco: comprou o conjunto para oferecer como espaço público e gratuito de lazer.

O parque foi aberto com três piscinas, toboáguas, playgrounds e área para recreação. Funcionava aos sábados e domingos, das 9h às 17h, com entrada franca ao público. Além do lazer nas piscinas, oferecia eventos culturais em espaços comuns.

Mas o processo de compra era investigado pelo TCE desde o início das atividades. Após a posse de Vinícius Camarinha, com a cidade em crise financeira,  ainda registrou algumas poucas atividades, mas acabou fechado a partir de 2015.

Atualmente um perícia técnica avalia as condições do espaço mas a Secretaria de Esportes já divulgou resultado de laudos que condenam a estrutura.

“A decisão do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo foi no sentido de que ocorreram várias irregularidades na mencionada aquisição do imóvel e que o parque se encontra abandonado há anos devido a eventual responsabilidade do gestor pela omissão do uso do bem público”, diz a portaria que instaurou a sindicância.