A Corregedoria de Marília instaurou nesta terça-feira uma sindicância para investigar os responsáveis por supostas irregularidades no pagamento de horas trabalhadas por agentes de saúde, controle de endemias e supervisores de equipes durante a gestão do ex-prefeito Vinícius Camarinha.
Ainda em 2016, com Vinícius como prefeito, um parecer jurídico identificou o pagamento em dobro aos servidores. Neste ano, nas medidas de ajustes de contas, a Prefeitura programou o desconto das horas pagas a mais.
O resultado é que alguns agentes aparecem com registro de horas negativas, ou seja, precisam devolver para a prefeitura os valores recebidos em excesso.
O caso foi provocado pelo descontrole no registro de horas. Os agentes e supervisores receberam diárias especiais para atuar no combate à dengue também nos finais de semana. Mas apesar deste pagamento, os trabalhadores também registraram as saídas como horas extras trabalhadas.
A sindicância aberta nesta terça-feira é resultado de uma reunião do prefeito com, agentes e representantes do sindicato da categoria. Os trabalhadores dizem que
Durante pelo menos 60 dias, os descontos e ajustes das horas serão suspensos enquanto o caso for investigado. Os servidores e o sindicato serão ouvidos no processo.
Em nota, a prefeitura informou que O prefeito Daniel Alonso afirmou que “o resultado da apuração poderá gerar denúncia ao Ministério Público, caso seja comprovada a responsabilidade do gestor da época pelos transtornos aos servidores.”
O desconto das horas pagas a mais provocou uma polêmica que chegou às redes sociais evirou até denúncia de assédio moral. O ex-prefeito acusou a administração de perseguir e ameaçar um servidor da saúde. Em vídeo, Vinícius desafiou Daniel a tomar medidas contra ele e não contra os trabalhadores. A considerar a sindicância, o desafio deu certo.