O prefeito Daniel Alonso determinou a abertura de uma sindicância na Corregedoria do Município para investigar “irregularidades, desnecessidades de locação e utilização” de um imóvel na rua Bahia onde funcionaria o chamado “gabinete paralelo” na gestão do ex-prefeito Vinícius Camarinha.
O imóvel, uma sala no edifício Nações Unidas, foi alugado sob argumento de abrigar diretoria de comunicação, que funcionava em uma casa vizinha à prefeitura. O aluguel da casa, segundo a ordem de investigação, estava registrado como locação para “arquivo da comunicação”, mas abrigava todos os serviços.
A suspeita sobre a existência do gabinete paralelo foi revelado no começo do ano e em uma audiência na Câmara em março o procurador jurídico do município, Alysom Alex Souza e Silva, afirmou que a sala usava “móveis com valores altíssimos”.
Na ordem para abertura de sindicância, Daniel Alonso avoca uma condição especial do prefeito de ordenar ato que seria da Corregedoria e aponta as justificativas para a investigação.
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Um dos motivos foi a abertura da sindicância “considerando a informação de que referido imóvel era utilizado por serviços extensivos ao Gabinete do Prefeito à época, chegando a ser apelidado de “Gabinete Paralelo”.
O prefeito argumenta ainda que a Diretoria de Comunicação não tem conhecimento de nenhum serviço realizado junto ao imóvel da Rua Bahia, 165, “haja vista que todas as atividades da Imprensa Oficial do Município ocorriam na Rua Bahia, 72”.
A sindicância é uma peça preliminar para instalação de um processo administrativo, que pode gerar efeitos sobre servidores que ainda estejam na ativa e ainda abastecerem informações para investigações e medidas judiciais. A sindicância e seus procedimentos são sigilosos.
