Marília

Sindicato acusa falta de policiais e arrocho de salários em Marília e região

Celso Pereira, do Sindicato de Policiais Civis – Divulgação
Celso Pereira, do Sindicato de Policiais Civis – Divulgação

O Sincopol (Sindicato Regional dos Policiais Civis do Centroeste Paulista) aponta déficit de quase 50% no número de policiais para atuação nas Delegacias Seccionais de Marília, Assis, Tupã e Ourinhos, e anuncia uma ação judicial para cobrar reajuste de salários.

De acordo com o presidente do Sincopol, Celso José Pereira, na região das Seccionais de Marília, Assis, Tupã e Ourinhos já existiram 700 policiais civis. Atualmente esse número não passa de 300.

Os números foram apresentados ao governador durante visita a Marília na quinta-feira. O Sincopol divulgou que vai pedir indenizar os membros da categoria pelas perdas salariais impostas devido aos altos índices de inflação sem qualquer reposição.

“O último reajuste concedido aos policiais civis data de agosto de 2014, há quase três anos – ou 33 meses. A inflação desde então, até maio de 2017 foi de 22,3%”, diz anota da entidade.

De acordo com o presidente do Sincopol, a ação coletiva é necessária, pois desde 2016 um recurso extraordinário julgado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) proibiu os funcionários públicos da área da segurança de realizarem greve. “Dessa forma, o policial civil vai morrer de fome e não tem como lutar. Por isso o sindicato irá brigar pela indenização”, afirma Celso.

“A precarização e o acúmulo de serviço são gravíssimos nas delegacias. Aumentam cada vez mais os afastamentos por problemas médicos e psicológicos”, afirma o sindicalista Celso Pereira

Em nota, a entidade diz que o governador citou nomeações recentes de 175 escrivães, 48 investigadores, 47 técnicos peritos, 30 médicos legistas e 12 peritos para todo o Estado de São Paulo.

“Diante do número ínfimo de contratados perto da enorme falta de pessoal, o próprio governador reconheceu que as nomeações estão ocorrendo “a conta-gotas”, de forma “homeopática”. A explicação é o que ele chamou de “restrições orçamentárias”. A promessa é de que mais alguns concursados que esperam há nos sejam chamados até o fim de 2017.”