Marília

Slam do Gueto terá batalha, arte e bicampeã estadual Matriarcak em Marília

Matriarcak, bicampeão do Slam SP, estará em Marília – Foto: Raquel Malta
Matriarcak, bicampeão do Slam SP, estará em Marília – Foto: Raquel Malta

O Slam do Gueto com Batalha de Poesia Edição Especial terá neste sábado em Marília a escritora Matriarcak, vinda de São Paulo, ela que é bicampeã estadual do Slam SP.

Microfone aberto, espaço literário, discotecagem com Deejay Xandão e premiação em dinheiro para as três primeiras colocações da Batalha.

Slam do Gueto em Marília: poesia, música, arte e movimento na periferia – foto: Jéssica Firmino

Além do prêmio, a vitória na batalha deste sábado vale classificação para a final municipal, em agosto, quando será escolhido representante da competição estadual em outubro.

O encontro vai receber ainda o Estúdio Nosotras com o projeto Poeticidade e uma intervenção de arte urbana no espaço. Um monólogo performance LGBTQIAPN+ com a performer Meri Moraes e um baile com o coletivo Sementes Nativa, de soundsystem em Ourinhos, fecham o pacote de atrações.

As inscrições serão feitas na hora, começam às 16h e as vagas serão limitadas, então vale chegar um pouco mais cedo. A disputa está marcada para 18h30.

A entrada e gratuita e o encontro será feto no Poliesportivo do JK, na Rua Antônio Ribeiro dos Santos 80.

SOBRE O SLAM

Batalha de poesia falada ganha interior do Estado com movimento iniciado em 1980 nos EUA – Foto: Jéssica Firmino

Slam é uma onomatopeia em inglês pra representar algo como bater de palmas e virou definição para as batalhas de poesia falada que surgiram nos anos 1980 nos Estados Unidos.

O responsável por organizar o primeiro Slam, Marc Kelly Smith, diz que resolveu utilizar da lógica de competição como forma de chamar atenção para o texto e performance dos poetas.

A disputa exige poesias autorais (decoradas ou lidas na hora) de até três minutos e proibição de recursos externos como figurino, cenário ou instrumento musical.

Os cinco jurados são escolhidos de forma aleatoriamente na plateia com notas de zero a dez.

Chegou ao Brasil em 2008 com a artista Roberta Estrela D’Alva, através do ZAP!, cresceu na periferia da zona leste em São Paulo e avançou ao interior.

Ação ocupa esaço do Poliesportivo JK, revitalizado em projeto social e cultural na zona norte – foto: Jéssica Firmino

“É um movimento literário de estética marginal, a poesia não é só academia, ela também é periférica, estamos nesse trabalho de fortalecer cada vez mais o movimento de Slam”, diz Caca Luís, fundador e apresentador do Slam do Gueto.

Ele destaca a força do apoio de diversas pessoas que já ajudam a levar o projeto a escolas públicas com oficinas de escrita e apresentações.

“Presenciar isso é uma sensação indescritível e agora essa edição especial com Matriarcak, uma das principais poetas do Slam no Brasil é de extrema importância para a nossa construção e aprimoramento. Não somos evento, somos um movimento.”