Após meses de polêmica, uma entrevista coletiva com vereadores na Câmara de Marília nesta quarta-feira anunciou apoio de ‘contrários’ e mostrou que o projeto para reduzir o número de vereadores na cidade já tem os votos necessários para ser aprovado e manter a cidade com 13 parlamentares.
Atualmente a lei prevê 21 vereadores a serem eleitos em 2020. O apoio ao projeto saiu quase um ano depois de ele começar a tramitar – e chegar ao plenário sem pareceres de comissões -, embaixo de grande campanha de pressão da comunidade e após um polêmico adiamento de votação que provocou muitas reações contra o Legislativo.
Entre as novas adesões está a vereadora Daniela D’Ávila, que foi a responsável pelo adiamento da votação no dia 5 e chegou a apresentar uma emenda para estabelecer 17 vagas no Legislativo. Nesta quarta, ela defendeu sua proposta mas disse que vai seguir o consenso dos vereadores e votar a favor das 13 vagas.
José Albuquerque, que articula apoio para ser o próximo presidente do legislativo, João do Bar e Evandro Galette também anunciaram votos de apoio à medida. Albuquerque também enfretou reações contrárias na sessão do dia 5 ao anunciar que votaria contra a redução.
O projeto muda a lei orgânica para fixar o número de vereadores a serem eleitos para a próxima Legislatura. Cidades com até 300 mil habitantes podem ter até 21 parlamentares.
Um cálculo da ONG Matra (Marília Transparente) indica que em dados percentuais a cidade deveria ter no máximo 15 vereadores. A organização lançou a campanha 13 bastam com a proposta de evitar gastos com salários, assessores, adequação de prédio e outros custos dos mandatos.
A proposta teve apoio de representantes de 35 entidades entre organizações sociais, clubes como Rotary, Lojas Maçônicas e outras instituições. O anúncio do apoio à medida começou a ser articulado no início da semana e já estava praticamente definido quando foi marcada uma reunião de vereadores para esta tarde.
A entrevista coletiva para anuncio da decisão foi marcada antes de a reunião acontecer e parlamentares ouvidos pelo Giro já davam como certa a adesão dos ‘contrários’.
A proposta deve entrar em votação na próxima semana. Mesmo que seja aprovada, ainda terá de esperar um intervalo legal de dez dias para uma segunda votação e posterior promulgação.