“O amor é a forma revolucionária de sobreviver a todo o sistema hierárquico que marca diferenças, exclui e inferioriza a mulher negra nas sociedades ocidentais.” (Fonte:Facebook)
(Nina Simone)
Ou seja, a mulher negra que tem ou cria essa consciência sobre si, ela passa a se amar e dessa forma se torna RESISTÊNCIA em um sistema social que sempre ditou que ela, mulher negra, seria inferior referente a outras mulheres na sociedade.
E isso se dá na construção história da mulher negra pós-escravidão. No século XIX com a abolição os escravos e escravas foram libertados sem nenhuma assistência do Estado, ou seja, foram colocados pra fora de onde (por bem ou mal) viviam e passaram a sobreviver por conta própria e encarando a desigualdade feroz, não conseguindo ter um lugar para morar, ter um bom trabalho; eles estavam em busca de uma vida melhor e o sistema sempre dificultando, preferindo incentivar financeiramente a vinda de imigrantes europeus e asiáticos do que dar trabalho aos recém-libertos.
E a mulher negra nesse momento passa a trabalhar em serviços desumanos, precários e muitas vezes se prostituía. E esse histórico veio seguindo ela através do tempo. A mulher negra passou por todo esse tempo silenciada, e hoje, vem rompendo essa barreira. Quando empoderamos mulheres negras nessa sociedade, nada disso faz sentido, e as barreira que ainda existem são enfrentadas de peito aberto e sem medo.
É quando compreendemos todos esses pontos que podemos nos sentir livres das algemas históricas que insistem em manter vivas sem perceber as consequências negativas, e vivendo ainda presos nos século XIX.