Dengue causa sobrecarga e queixas até em serviços particulares de Marília

Sobrecarga por dengue causa queixas até em serviços particulares
Encolhida na cadeia, paciente espera atendimento em serviço privado

Em situação de emergência por epidemia, o atendimento a casos de dengue em Marília causa sobrecarga e queixas contra serviço público e até particulares em Marília.

A cidade tem aproximadamente 1.800 casos positivos da doença no ano. Mas com muito muito maior de atendimentos a suspeitas, que representam pacientes nas unidades e em serviços de testagem.

As reações de pacientes acontecem especialmente por postagens em redes sociais e mensagens de grupos de telefone. Mostram situações de dificuldade, insegurança, dor e desconforto agravados pela situação de atendimento.

A epidemia agrava nos serviços públicos sobrecarga e problemas que já existiam antes. Os postos de saúde não conseguem atender toda demanda e muitos dos casos caem nas unidades de pronto atendimento.

A dengue amplificou esse quadro e o volume de reclamações públicas. A Secretaria da Saúde criou polos específicos para atendimento aos casos de dengue.

Um deles em especial, no centro, atende 24h. Fica na avenida das Esmeraldas, junto à sede da APCD (Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas).

Sobrecarga por dengue causa queixas até em serviços particulares
Polo municipal de atendimento: Sobrecarga por dengue causa queixas até em serviços particulares

O serviço está também em unidades do Nova Marília e Santa Antonieta. Em uma semana receberam quase 1.900 pessoas.

O final de semana teve também manifestações sobre condições em serviços privados, como o do Pronto Socorro da Santa Casa.

Sobrecarrega serviços particulares

Uma mãe levou a filha com dor, febre e vômitos. A moça ficou em uma cadeira sem acomodação adequada e com dificuldades de se manter.

“Ela vomitou aqui na sala de acolhimento. Não tem uma maca…dm momento nenhum eu invoquei o fato de ser particular. Só queria que pusessem ela deitada porque não estava se segurando na cadeira. E uma idosa também estava muito desconfortável, se queixando”, disse.

A mulher afirmou ao Giro Marília que entende a situação de epidemia. Mas questionou a organização para reagir ao aumento dos casos.

“Na sala da dengue estão 11 pessoas em cadeiras, que até parecem bonitas, mas estão quebradas e não esticam as pernas”, disse.

Em resposta ao Giro Marília, o hospital afirmou que já adota providências de melhoria.

“A cidade enfrenta uma epidemia de dengue, com mais de 1.800 casos e a sobrecarga por conta da doença acontece no sistema de saúde em geral. Para atender este aumento de demanda, a Santa Casa de Marília criou um Comitê de Enfrentamento de Crise. Está tomando providências, como a contratação de profissionais e ampliação da estrutura existente para otimizar o atendimento.”