Marília

SP-294 ganha buracos e sinais de abandono em meio a processo de concessão

SP-294 ganha buracos e sinais de abandono em meio a processo de concessão

A rodovia SP-294, incluída no pacote da primeira licitação para concessão de rodovias do governo João Dória, já apresentava sinais de uma fórmula repetida para estes processos: falta de cuidados com sinais de abandono que renderiam multa para qualquer concessionária.

A estrada, base de acesso para marilienses e outros moradores da região em direção a São Paulo, tem diversos pontos de asfalto gasto, ondulações e trechos de acostamento mal cuidados e com mato.

A maior parte dos problemas aparece no trecho entre Bauru e Duartina. São aproximadamente 15 quilômetros em que asfalto gasto, formação de buracos e ondulações junto ao acostamento são cenas repetidas.

A má conservação do asfalto também aparece no contorno de Marília, com alguns pontos próximos ao km 459.

Entre Duartina e Marília o asfalto esta melhor por conta de um grande investimento realizado no final do ano passado, ainda em meio à disputa eleitoral, na gestão do ex-governador Márcio França.

Mas mesmo o trecho reformado registrou diversos problemas que provocaram ordem de reparos para a empresa vencedora da licitação. Assim, com menos de um ano de trabalho, a pista tem vários pontos de remendos aparentes.

Segundo a Artesp, agência estadual responsável pelo acompanhamento das concessões, o processo de licitação está nos órgãos técnicos para análise das sugestões e discussões surgidas durante consulta pública e audiências realizadas até março deste ano.

A previsão é que a licitação seja aberta ainda neste ano. Até lá há duas opções: o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) promover os reparos ou incluir a recuperação no edital do processo.

A segunda hipótese não seria inovação. A SP-333, hoje sob gestão da Entrevias, foi caso clássico de estrada com anos de abandono até a privatização.

Nestes casos, o abandono provoca expectativa pelo processo de terceirização, apesar de os usuários pagarem impostos e o orçamento prever arrecadação e recuperação de rodovias. A privatização traz as obras e com elas o pedágio. Os impostos não deixam de ser cobrados e os usuários pagam duas vezes.