Marília

Terapeutas do Sorriso fazem 15 anos com homenagem e prometem novidades

Terapeutas do Sorriso recebem homenagem na Câmara nesta quarta, no aniversário de 15 anos do grupo – Alê Custódio
Terapeutas do Sorriso recebem homenagem na Câmara nesta quarta, no aniversário de 15 anos do grupo – Alê Custódio

Eles foram os primeiros, são os mais organizados, estão em festa nesta quarta-feira e projetam muitas novidades. Os Terapeutas do Sorriso, mais tradicional grupo de palhaços de hospital de Marília, faz aniversário com homenagens e muitas idéias em busca de suporte financeiro na cidade.

O grupo recebeu nesta tarde na Câmara uma homenagem aprovada pelos 13 parlamentares a partir de iniciativa do vereador José Luiz Queiroz (PSDB). A entrega do certificado, com parte dos 15 palhaços, aconteceu no gabinete do presidente do Legislativo, Wilson Alves Damasceno.

Raphael Ferrite, farmacêutico com formação em teatro que está com o grupo desde o início, diz que completar 15 anos é um desafio atingido com muita alegria.  O trabalho começou com uma visita no Hospital Materno-Infantil em um sábado.

“Em 15 anos, apesar do reconhecimento, temos uma preocupação com banalização do trabalho. Muitas pessoas que se vestem de palhaço mas não entendem a responsabilidade e seriedade. Mas é muito gratificante.”

O desafio agora é avançar para novos serviços como fez o primeiro e principal grupo do país, os Doutores da Alegria, que mantém escola de formação de palhaços, projetos sociais, iniciativas de geração de renda e suportes a outros grupos.

“A gente espera em um futuro próximo contar com uma sede própria e iniciar atividades como cursos profissionalizantes e outras iniciativas”, diz Raphael. Para isso, estão organizados como associação, com suporte jurídico e de gestão.

Uma das necessidades é vencer barreira de apoio empresarial. A associação pode receber repasses sociais e investimentos de empresas, mas são poucas as instituições que apoiam o projeto. “A cidade tem empresas que patrocinam projetos de fora mas não dão apoio aqui.”

Vencer esta dificuldade envolve divulgar o que é projeto e o que ele oferece. O trabalho, além de muita preparação, cursos, fiscalização, tem preocupação em atuar com reconhecimento de médicos e com resultados para mostrar em suporte para tratamentos e humanização de hospitais.

O TRABALHO

O grupo faz visitas regulares ao Materno-Infantil, às terças e sextas toda semana, e quinzenais no Hospital Espírita de Marília e na UPA da Zona Norte.

O projeto envolve programa de treinamento continuado para todos os voluntários, com avaliação trimestral por especialistas de São Paulo. Vai muito além de fazer graça.

O humor nos hospitais é resultado de formação para abordagem, entendimento dos riscos, das regras de segurança em hospitais e respeito pelas crianças e adultos envolvidos.

As visitas envolvem abordagens com música, piadas, figurinos, brinquedos mas com base nos treinamentos e cuidados com os impactos emocionais e físicos que as visitas podem provocar.

Além das visitas, o grupo faz palestras em diferentes instituições e eventos. O grupo é sempre reduzido, na faixa de 15 voluntários. As visitas são feitas sempre em duplas nos quartos.

Cada voluntário enfrenta pelo menos três meses de curso antes de chegar até o quarto de uma criança. Para mais informações acesse a Página dos Terapeutas na Internet