Marília

Terapeutas do Sorriso transformam visita em celebração de Natal na Santa Casa

Terapeutas do Sorriso transformam visita em celebração de Natal na Santa Casa

O grupo Terapeutas do Sorriso transformou sua tradicional visita a pacientes e funcionários da Santa Casa de Marília em uma celebração de Natal na noite desta terça-feira. Foi a a última atuação dos palhaços que alegram hospitalizados neste ano e contou com a participação da equipe completa.

Um palhaço vestido de Papai Noel distribuiu presentes a crianças, jovens e adultos internados no hospital durante a visita, que durou cerca de duas horas, enquanto os outros entregavam “kits da felicidade” (lápis, borracha e uma mensagem) para funcionários.

A visita foi acompanhada pelo GIROMARÍLIA e pela apresentadora Mayra Mésseder, do programa Mayra Convida, da TV Marília, que acabou posando de “Dra Convida” com os palhaços. A iniciativa busca humanizar o ambiente hospitalar com a presença dos “palhaços-terapeutas”, que cantam, dançam, ensinam mágicas, jogos e interagem com os enfermos.

Na verdade nós somos doutores”, brinca a Dra Fumiga. Todos os integrantes possuem um nome artístico e dentro da Santa Casa assumem o personagem completamente. Lá, são reconhecidos já na entrada. Segundo Lilian Waib, a Dra Filó, as visitas frequentes (duas por semana) são importantes para assegurar união, garantir confiança e criar vínculos fortes com pacientes e funcionários.

No início das atividades, a cantoria (audível, porém moderada, para respeitar o repouso dos pacientes) chama a atenção das crianças, que se agitam, sorriem e interagem com os palhaços.

Mas adultos e idosos também receberam as lembranças de natal, como Francina Rita de Souza, 70, que pegou bexigas e cantou. A entrega de presentes (carrinhos, bonecas e bolas comprados pelos próprios voluntários) foi o grande diferencial da visita natalina. A empolgação foi aquela tradicional mesmo.

“É sempre assim. Estamos excitados pela data comemorativa, mas é sempre nesse padrão”, garante Lilian. O trabalho envolve mais que alegrar. Envolve cuidar. A equipe toda se empenha para conhecer nomes e acompanhar a evolução dos pacientes.

Esse último fator até condiciona as visitas. Alguns não puderam receber os presentes porque havia restrição de contato. Raphael Ferrite, presidente do grupo, lembrou que os palhaços precisam saber quando e como atuar e ressaltou a importância da qualificação devida.

CUIDADOS

Se não é possível brincar com algum paciente, deve-se respeitar sua recuperação. O voluntário deve também saber lidar adequadamente com pacientes, cuidar da higiene, além de ser cadastrado oficialmente para acesso ao hospital.

As visitas do grupo podem se estender no máximo até as 21h. Raphael fala que o tempo máximo em cada quarto fica por volta de oito minutos, afinal, os pacientes estão em repouso. Assim, após passar por diversas alas da Santa Casa, divertir crianças e adultos e entregar brinquedos e kits, os palhaços deixam o hospital em clima descontraído.

Ainda dentro do prédio eles trocam de roupas, para que todo o vestuário seja devidamente higienizado. A técnica em enfermagem Isabel Cristina conta que, após a saída do grupo, as crianças continuam alegres. “Eles deixam muita alegria, as crianças comentam, conversam, se agitam. Faz muito bem pra elas.”