Marília

Terminal terá equipe de segurança em meio a impasse no transporte

Terminal terá equipe de segurança em meio a impasse no transporte

A Prefeitura de Marília divulgou em nota que uma “equipe de segurança” estará no Terminal Urbano a partir desta segunda-feira para “oferecer mais comodidade aos usuários”.

A medida é uma reação aos repetidos casos de brigas e conflitos ocorridos dentro do espaço de embarque depois que as catracas de cobrança foram retiradas com a mudança do sistema de passe integrado.

A decisão também busca uma solução para desgaste público com os casos de violência em meio a um impasse entre a administração e a AMTU (associação Mariliense de Transporte Urbano), formada pelas duas empresas que prestam serviços na cidade, a Grande Marília e a Sorriso de Marília.

As empresas, que passaram a promover integração em qualquer ponto da cidade para clientes com cartão magnético, foram notificadas para reinstalar as catracas no terminal após os primeiros conflitos. As empresas questionam ausência de qualquer termo no contrato que obrigue as empresas a cuidar da segurança e do controle de pessoas no terminal, um prédio público.

A implantação da equipe de segurança acompanha mudanças iniciadas na quinta-feira, quando a prefeitura alterou a regulamentação do funcionamento do terminal e estabeleceu que a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Limpeza Urbana vai cuidar da higiene e conservação dos espaços públicos.

A Emdurb será responsável pela fiscalização do transporte coletivo urbano; segurança e controle do trânsito de veículo no local.

A crise sobre o controle e cuidados com o terminal acompanha um impasse maior, que envolve a disputa sobre reajuste de tarifas e cobrança de mudanças nos serviços.

A Prefeitura negou reajuste, apesar de dois anos sem aumento das tarifas, sob justificativa de que as empresas descumprem o contrato por situações de má qualidade nos serviços.

As empresas acusam a prefeitura e contrariar a previsão de equilíbrio financeiro do contrato e fazer política com a gestão de transporte.

No meio dessa crise, a abertura do terminal levou para o espaço de embarque problemas que existem nas ruas – violência, embriaguez, moradores em situação de rua – que não têm qualquer relação com o serviço de transporte, existem em diversos pontos da cidade e não serão resolvidos com as catracas, apenas levados para outro lugar.

A Grande Marília, maior empresa do setor na cidade, já protocolou na prefeitura ofício com intenção de deixar a cidade e aguarda definição sobre empresa ou medidas a serem adotadas para sua saída. Mesmo que isso aconteça, o caso fica longe de solução. A disputa do transporte pode virar uma batalha judicial com anos de discussões e riscos de uma dívida milionária.