Terminou por volta de 23h30 desta quinta-feira em Marília a batalha de Victor, 18, e sua mãe, Rosana Barbosa, pela vida. Internado há dez meses no Hospital das Clínicas de Marília com complicações da síndrome de Guillain-Barré, Victor faleceu por parada cardio-respiratória pouco mais de 12 horas depois de a equipe médica anunciar que não havia nada a fazer.O caso de Victor chamou a atenção da comunidade depois que sua mãe divulgou um apelo em que pedia ajuda de médicos e instituições em busca de diagnóstico e opções de tratamento para o rapaz.
O apelo permitiu atendimento em fisioterapia e contatos com pelo menos dois médicos. Não deu tempo. Victor vivia em estado de paralisia total, uma das possíveis complicações da doença. Um quadro raro em uma síndrome também incomum.
A síndrome é uma doença autoimune, ou seja, uma reação descontrolada do organismo. O sistema nervoso de Victor foi paralisado aos poucos, em um processo iniciado três meses depois de o rapaz sofrer um acidente de trânsito. É uma história triste desde o início.
Victor retornava de uma igreja quando a moto em que estava foi atingida por um carro. Três meses depois deixou sua casa para jogar bola. Voltou com fortes dores na perna esquerda.
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O quadro se agravou e o rapaz, que era funcionário do setor administrativo da Famema, que gerencia o HC, pediu afastamento do trabalho. Foi diagnosticado com a síndrome e internado no Hospital São Francisco, que integra o complexo Famema.
Poucos dias depois foi levado para a UTI do HC, onde ficou por sete meses. Voltou ao quarto sem movimentos, sem reação e com o diagnóstico pessimista: não havia tratamento a oferecer.
A previsão foi repetida na manhã desta sexta em encontro da mãe do rapaz com uma médica do HC. Rosana recusava aceitar a projeção. Não deu tempo. A batalha de Victor acabou.
O velório é feito na sede da 5ª Igrejsa Batista, na rua Afonso Pena, 685, em Marília, e o sepultamento será feito na manhã deste sábado no cemitério Parque das Orquídeas.
