Parece que esse tema é bem polêmico, pois mais uma vez é colocada na mesa a decisão da mulher em ser ou não mãe. Mas quem realmente tem que decidir? Acredito eu que a mulher, afinal, é uma decisão que mexe diretamente com ela, seja de forma física ou emocional.
Há anos mulheres vem lutando contra essa idéia de que todas têm instinto maternal! Nem todas têm e isso não as diminui como mulheres. A questão é mais profunda, envolve um modelo de estrutura social. Por séculos mulheres tiveram seus direitos negados e serviam só para reproduzir, dedicar-se ao seu marido e cuidar das crianças.
Hoje muitas mulheres NÃO querem seguir esse padrão. Muitas querem construir sua carreira, viver experiências e não necessariamente serão completas se forem mães, pelo contrario, se sentirão completas por terem tido a liberdade de escolher seu futuro.
E gente refletir um pouquinho mais sobre este tema vai nos levar a um assunbto ainda mais polêmicos e que que há dias está nas redes: a consulta publica aberta para medir aprovação do aborto nos SUS até a 12° semana de gestação.
Na gritante maioria das vezes, controle de natalidade é feito com mulheres obrigadas a se entupir de remédios para prevenir a gravidez, com remédios que nem não são 100% seguros e ainda causam vários transtornos, exemplo, muitos incham a mulher, mexem com a taxa hormonal e podem causar doenças como câncer, trombose, avc entre outros danos (veja link: http://www.hypeness.com.br/2015/04/pilula-anticoncepcional-os-grandes-perigos-escondidos/ )
Ou seja, a mulher já tem a responsabilidade de assumir a prevenção da gravidez, mesmo pondo sua saúde em risco, e caso ela mesmo assim engravide tem a responsabilidade isolada de sustentar, permitir e cuidar desta gravidez. Isso é muito delicado. Começa com a sempre presente questão sobre é melhor uma pessoa ter um filho que não quer (e isso envolve vários motivos, particular em cada caso) ou poder escolher não ter.
Uma escolha que não significa que a pessoa é perversa, muitas vezes é uma decisão exclusivamente racional em meio a um debate contaminado por emoções, conceitos conservadores e religiosos.
Da mesma forma que tem mulheres que não querem ser mães, existe mulheres que querem. É simples assim.
E mais. Vemos tantos filhos sem pais, homens sempre “abortaram” ao não assumirem seus filhos, abandonar a mulher e deixar para ela a responsabilidade exclusiva sobre a gravidez. Uai, filho não se faz sozinho e nem se deve criar um filho sozinho.
Além disso, legalizar o aborto na rede publica é algo muito justo, já que mulheres com uma condição financeira favorável realizam esse procedimento em clinicas com “uma certa segurança”. E a mulher pobre não pode ter isso? Bom, é sempre uma polêmica estrutural, de gênero e classe.
Convido a ficar atento a todos os pontos e tirar uma conclusão melhor de tudo isso. Legalizar o aborto é lutar pela saúde da mulher já dizia Mc Luana Hasen
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