Marília teve nesta quinta-feira o primeiro dia sem transbordo de lixo para despejo de forma regular em aterro de Piratininga e uma montanha de resíduos com mais de 200 toneladas é a vergonha da vez na cidade.
O acúmulo de lixo sem definição para destino correto provocou uma vistoria da Cetesb, que nesta sexta-feira deve notificar oficialmente a Prefeitura para que providencie a retirada do lixo sem necessidade de multas contra o município.
O lixão onde é feito o depósito já está interditado desde 2011. Em 2017 a Secretaria Estadual do Meio Ambiente chegou a determinar a interdição total do local, mas a promessa de obras e regularização impediram a medida.
No dia 12 o contrato da cidade com a empresa Monte Azul para o transbordo venceu e não houve novo acordo. A informação oficial é que a prefeitura estuda contratação de emergência. A Monte Azul informou apenas que está em ‘tratativas com o município”.
O gerente regional da Cetesb em Marília, Alcides Arroyo Filho, disse que a notificação cumpre uma exigência legal antes de eventuais multas. Segundo o gerente, a prefeitura não fez qualquer notificação prévia sobre a formação da montanha de lixo, o que seria uma medida esperada.
Em um terreno ao lado da montanha de lixo a cidade formou uma pilha de entulho retirada durante a operação de limpeza contra a dengue, mas para o entulho fez a notificação prévia. O material deverá ser retirado até o dia 20 deste mês.
No momento em que o Giro esteve no local nesta tarde, por volta de 16h, não havia servidores nem máquinas da prefeitura no local
A montanha de lixo ganhou repercussão regional com divulgação pela TV Tem, que além de mostrar o problema acrescentou uma análise do apresentador Giuliano Tamura.
“A gente sabe que contrato emergencial é bem mais caro. A gente até compreende que leva um tempo, mas também deixar para em cima da hora não sei se soa falta de planejamento ou outros interesses não é?”, disse o apresentador.