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Transtorno ligado ao Trabalho mais que dobra no segundo semestre em Marília

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Centro de atendimento em Marília: transtorno mental ligado ao trabalho mais que dobrou

O registro de transtorno mental ligado ao trabalho nos meses mais que dobrou no segundo semestre na comparação com o primeiro em Marília.

A cidade chegou ao dia 29 de junho com 16 casos registrados com transtornos. E entrou em dezembro com 39 relatos, um aumento de 23 casos ou 143%.

Mais que isso. Os 39 casos representam mais de 50% de evolução em relação ao número de pacientes com o problema em 2023 no mesmo período. O volume até novembro é ainda maior que os 38 casos totais do ano passado, quando o problema já vinha em evolução.

O problema ganha tanta visibilidade em todo o país que a partir de agosto deste ano entrou na lista de condições para notificação compulsória. Já vinha em controle na cidade

Significa dizer que profissionais de saúde em serviços públicos ou privados devem, obrigatoriamente, comunicar casos ao governo.

Os casos envolvem crises de ansiedade, depressão, estresse e a Síndrome de Burnout, um estado físico, emocional e mental de exaustão extrema.

O transtorno mental ligado ao trabalho

O Ministério da Saúde define o transtorno mental ligado ao trabalho como todo caso de sofrimento emocional, em suas diversas formas de manifestação.

Envolve de choro fácil e tristeza, a medo excessivo e outros sintomas que podem indicar o desenvolvimento ou agravo de transtornos mentais.

Em 2022 a Organização Mundial da Saúde (OMS) já fez alerta sobre o problema. Mostrou que 15% dos trabalhadores adultos no mundo apresentam algum tipo de transtorno mental.

A entidade, junto à Organização Internacional do Trabalho (OIT), cobra ações concretas para abordar saúde mental e o mercado de trabalho.

E para quem não se comove com problema humano de sofrimento e dor, o transtorno é um problema social e econômico.

As organizações indicam que diagnósticos de depressão e ansiedade custam à economia global algo em torno de US$ 1 trilhão anualmente.