A ressaca do carnaval será pesada. A Câmara de Marília marcou para quinta-feira, dia 7, sessão para votar o projeto do prefeito Daniel Alonso destinado a criar um a nova secretaria, a da Tecnologia, e com ela uma reorganização para abrir 82 cargos comissionados, contratados sem concurso.
O projeto sofre forte oposição de organizações como a Matra e o Sindicato dos Servidores e vai ampliar a rede de empregos para seguidores e apoiadores do prefeito e de vereadores governistas.
Além disso, a votação acompanha um momento de propostas para gerar custos com benefícios aos políticos representantes dos cidadãos: a Câmara acaba de provar criação de 14 comissionados para os vereadores e discute um aumento de 16,3% para o salário do prefeito, do vice e de secretários.
O projeto para criar as novas funções comissionadas embute duas pegadinhas que já ficaram bastante claras.
A primeira é uma tentativa do prefeito para driblar, pela terceira vez, ações judiciais no Tribunal de Justiça para extinção de comissionados contratados se forma irregular para funções que deveriam ser ocupadas por concursados. Os novos cargos apenas substituem os ilegais.
A segunda pegadinha é a forma de discussão. A criação vem embutida ema uma proposta para criar novo serviço na administração com pouca relevância para atender moradores.
Além disso, será votada antes de outro projeto, criado para extinguir os cargos combatidos na Justiça. O projeto prevê anular 69 cargos. Mesmo com sua aprovação, a cidade ainda vai ganhar pelo menos 13 comissionados.
A ocupação dos cargos tem pouco ou nada de escolhas técnicas. Toda vez que o prefeito enfrenta algum racha ou embate político com aliados o Diário Oficial é recheado de demissões feitas por indicação dos dissidentes.
A sessão que vai votar a criação dos cargos começa às 17h. Veja abaixo a relação dos cargos a serem criados.