Marília

Tribunal suspende privatização do Daem

Propostas das empresas para privatização do Daem em Marília
Propostas das empresas para privatização do Daem em Marília

Uma liminar concedida pelo desembargador Souza Meirelles em ação protocolada pela Matra (Marília Transparente) suspendeu nesta segunda-feira a concorrência pública 13/2015 para privatização dos serviços de água e esgoto de Marília.

A decisão atende um recurso da Matra contra de decisão de Marília que autorizava a manutenção do processo, que está na reta final de análises e nos próximos dias faria abertura de propostas comerciais.

“O valor é vultoso, estimado em R$ 589.456.966,46, e a longa duração prevista (35 anos renováveis por mais 35) para o futuro contrato recomendam prudência”,  disse o desembargador na decisão que paralisa a licitação.

Souza Meirelles disse ainda que “risco de prejuízos patrimoniais astronômicos para a população de Marília, não se podendo, pois, seguir adiante sem audiência do Ministério Público”.

Além de uma medida polêmica que a Prefeitura tentou implantar a toque de caixa, a licitação ganhou ainda mais suspeitas com envolvimento das empresas participantes em escândalos nacionais.

A concorrência tem dois grupos na disputa: a Odebrecht Ambiental, do grupo Odebrecht, um dos mais envolvidos na Operação Lava Jato, e um consórcio que une a empresa mariliense Replan, já dona de muitos contratos no Daem., e a Aegea, uma holding acusada de fraudes em abastecimento de água em outras cidades.