Eles já se conheciam há muito tempo e ela sempre despertou nele um desejo incontrolável de uma grande paixão, uma aventura e um romance que nunca iria acabar mesmo ela sendo casada e ele vivendo amores que não duravam muito tempo. De festas em festas os olhares entre os dois logo se encontravam, as músicas eram as certas, os boleros eram incertos e tudo combinava para que ambos se entrelaçassem em uma linha tênue entre a realidade e os sonhos.

Tudo girava a favor dos dois e nada e ninguém iria os impedir de viver aquela história proibida. Entre idas e vindas em um lugar nunca antes pensado e pouco provável, finamente ele tomou coragem e foi ao seu encontro. Quebrava-se ali em pleno velório, a porta de vidro que tanto os aproximava, mas, que nunca deixava que eles se tocassem. Pronto, marcaram um encontro e estava iniciada uma aventura que duraria anos. Foram muitos os encontros, Deus e alguns poucos como testemunha que não entendiam e não aprovavam tal ato, mas como Deus poderia condenar o amor, já que de uma aventura, paixão e desejo, tudo se transformou em verdadeiro amor.

As conversas entre eles sempre tinham a participação da velha máxima em amores proibidos: “nunca iriam se apaixonar”, para tudo aquilo nunca terminar. Hora, a primeira situação após o desejo é a paixão e não há remédio que cure o amor. Muito menos um proibido. Tudo fica mais perigoso, o cuidado tem que ser dobrado, mas mesmo com alguns deslizes o caso ia se estendendo e a felicidade era evidente no rosto dela e não havia como disfarçar.

Quando algo começa errado é claro que a tendência é que termine errado, porém, nesse caso não foi o que aconteceu. Ela largou o marido, não o procurou e simplesmente tudo acabou. Ou seja, para ambos, pelo menos por instantes até o amor acabou.