Marília

Um ano depois, cassação de Camarinha está parada no TSE

Um ano depois, cassação de Camarinha está parada no TSE

O período é de “comemorações” para o processo eleitoral que provocou uma ordem de cassação do mandato do deputado estadual Abelardo Camarinha, condenado em segunda instância por abuso do poder econômico na campanha eleitoral e em recurso no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

No último sábado, a decisão do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) com a sentença de cassação completou um ano. Com direito a diferentes recursos, e suspensão dos efeitos da decisão, Camarinha levou o caso ao TSE.

Desde o dia 3 de outubro o processo está parado no gabinete do ministro Napoleão Nunes Maia Filho. Na sexta-feira o caso atinge quatro meses parado. Enquanto o processo não anda, o deputado segue de forma legal em seu mandato, com plenos poderes e benefícios da função.

Camarinha cumpre seu terceiro mandato como deputado estadual: 1990-1994, 1994-1996, quando deixou a Assembleia para assumir a prefeitura, e o atual, eleito em 2014 com 79.325 votos, dos quais 44.998 em Marília.

O processo acusa Camarinha de abuso do poder econômico por uso de reportagens direcionadas publicadas nos jornais Diário – que foi lacrado pela PF no último dia 24 – e Correio Mariliense, fechado em 2016. As reportagens, no entendimento do TSE, revezavam proteção ao deputado e ataques a seus adversários.

A cassação atendeu representação do ex-vereador e atual secretário de Esportes na cidade Eduardo Nascimento, que foi candidato a deputado em 2014. Nascimento é também o responsável pela representação que provocou a Operação origem da Polícia Federal e resultou na lacração das rádios Diário FM e Dirceu AM por atuarem na clandestinidade e uma nova fase, batizada como Operação Quinto Mandamento, que fechou o Diário neste mês.

Segundo a polícia, o nome da Operação, Miragem, foi uma alusão a uso dos veículos de comunicação para divulgar informações falsas e notícias com favorecimento ao deputado e seu grupo político.