Equipes da Secretaria Municipal da Saúde de Marília vacinaram 6.471 animais contra raiva em 22 locais da zona norte da cidade na primeira etapa da campanha de vacinação realizada no final de semana e no próximo sábado (22) leva a atividade para as zonas leste e oeste da cidade, das 9h às 17h.
O veterinário Lupércio Garrido Neto, que faz parte da Divisão de Zoonoses de Marília, explica que o número superou em cerca de cem animais o resultado do ano passado. O intervalo sem chuva durante o dia favoreceu a campanha.
Ele afirma ainda que a adesão é menor entre as pessoas que tem felinos. Foram vacinados 5.824 cães e 647 gatos. Apesar da “tradição” da maior cobertura de cães, a doença pode acometer e ser transmitida por ambos os mamíferos.
“A campanha está apenas começando. Ainda teremos vacinação nas outras regiões da cidade e pedimos às pessoas que, porventura, moram na zona norte e não puderam levar o animal, que ainda façam nas próximas semanas nos postos onde a vacina será aplicada”, disse o veterinário.
Depois das zonas leste/oeste (dia 22), as equipes trabalharão na zona sul (dia 29) e em seguida nos distritos (dia 6 de outubro). Os responsáveis por cães e gatos no centro podem procurar os postos na região mais conveniente. “É importante que a população não deixe de levar os animais porque a vacina é considerada o meio mais eficaz para mantermos a raiva sob controle”, afirmou Lupércio.
PARCERIA
Para obter sucesso na campanha, a Secretaria Municipal da Saúde conta com o apoio de alunos e docentes do curso de Medicina Veterinária da Unimar (Universidade de Marília), além da colaboração de comerciantes e responsáveis por locais estratégicos, como escolas.
A estimativa atual no Estado de São Paulo é um cão para cada quatro habitantes. Em relação aos gatos, estima-se em um felino para cada 15 moradores. Com base nessa proporção, Marília teria hoje cerca de 74,4 mil animais.
RAIVA MATA
A raiva é uma doença infecciosa que ainda mata, no mundo, cerca de 70 mil pessoas por ano. É transmitida apenas por mamíferos, através da mordida do animal infectado com o vírus do gênero Lyssavirus. Na região de Marília, há registros em bubalinos e equinos, infectados por morcegos hematófagos.
Garrido lembra que o último caso de raiva canina na cidade foi notificado em setembro de 2000. O intervalo de 18 anos sem nenhum caso decorre das ações que incluem a campanha de vacinação, por isso a importância de levar o animal de estimação para aplicação da dose.