Marília

Velhas Águias – Encontro de pilotos lembra histórias da aviação na cidade

Velhas Águias – Encontro de pilotos lembra histórias da aviação na cidade

Velhas Águias, que se conheceram pelo trabalho como pilotos, dirigentes ou profissionais em formação pelo Aero Clube de Marília, fizeram nesta quinta-feira um encontro para lembrar histórias, celebrar amizade e preservar memória de um trabalho pioneiro.

O encontro reuniu 11 pilotos e provocou até decoração especial do bar: as paredes ganharam colagens  com jornais históricos, como edição que notificou a fundação da TAM (Táxi Aéreo Marília), nos anos 60.

Muitos dos pilotos não moram mais em Marília, alguns estão em grandes companhias – boa parte aposentado – e outros transformaram a aviação em hobby. E  todos colecionam histórias sobre modelos de aviões, dificuldades inimagináveis hoje, cenas inusitadas, como a abordagem por um Tucano da Força Aérea, e até acidentes.

“Eu não voo profissionalmente. Fiz o curso em 66 com muitos amigos daqui, muita gente do Mato Grosso, mas virou  um hobby. Estes encontros são ótimos para lembrar as histórias, rever as pessoas”, disse Mario Lúcio Rovigatti, que trocou a cabine pela engenharia.

O encontro é tão especial que até o local, o recém-inaugurado Hangar 59, une memória e decoração especial na área. A proprietária do bar, Carolina, e a mãe,  Jél, são “herdeiras”  da memória e histórias de Onésimo Castilho da Silva, o Oné, um piloto muito conhecido na cidade, falecido em 2008.

O prédio onde instalaram o bar, alugado, pertenceu ao piloto Walter de Falco, outro apaixonado por aviação.

“A gente às vezes nem lembra algum nome. Foram tantos pilotos, tantas pessoas. Mas é só você citar uma situação especial, mesmo um acidente, e todo mundo sabe a história”, disse o “comandante” Theotônio de Lara Melo, que fez carreira em grandes companhias e com os maiores aviões de seu tempo.

Filho do piloto Renato Zani, guardião de muitas histórias e documentos, Plautio Moron Zani, destaca a importância de resgatar estas memórias apresentadas às “novas águias”, pilotos mais jovens que acompanham o grupo, como os recortes dos jornais. “Sempre trago, mas só o xerox. Os originais estão comigo lá em casa, bem guardados.”