O médico veterinário Fábio Manhoso, coordenador do curso de Medicina veterinária na Unimar e vice-presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo, divulgou um alerta especial para cuidados com os PETs que devem ir além da preocupação dos dias com alta temperatura.
“Nessa época do ano também há o aumento da infestação de parasitas como pulgas, carrapatos e vermes, além das doenças transmitidas pela picada de mosquitos”, explica Fábio Manhoso
E mais. Ressaltou 1ue esse é um importante momento para refletir, não apenas sobre dicas de hidratação mas também para reconhecer o desequilíbrio ambiental como uma realidade e já começa a trazer consequências.
Manhoso reforça que “a relação de confiança entre veterinários e a sociedade pode ser um caminho para ajudar a desenvolver a consciência sobre o quanto estamos todos interligados, e a coexistência dos humanos, natureza e animais precisa cuidados preventivos constantes”.
Lembra que, na prática, a posse responsável e o bem-estar animal estão intrinsicamente ligados à rotina diária dos pets. A proximidade cada vez maior entre tutores e animais de estimais faz com que seja possível conhecer melhor as respectivas limitações de cada espécie.
Destaca a importância de adoção de iniciativas simples como evitar a exposição ao sol em horários inapropriados entre 10h e 16h porque as calçadas quentes causam a queimadura dos coxins ou almofadinhas das patas e na pele.
“O óbvio também precisa ser dito, um tutor responsável jamais vai deixar seu animal dentro de um veículo sabendo que pode ocorrer hipertermia e síncopes que levam à morte em minutos.”
Fabio Manhoso lista ainda recomendações para animais idosos, filhotes e obesos. “Nesses casos, a atenção é ainda mais rigorosa já que os animais têm a imunidade mais frágil e, por isso, são mais suscetíveis às doenças exigindo atenção especial com alimentos, hidratação e limitação de mobilidade”, alerta.
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Veja abaixo guia de orientações divulgado por Fábio Manhoso:
– Hipertermia e insolação
Com as altas temperaturas, é preciso atenção aos casos de hipertermia e insolação. Os animais braquicefálicos, com focinhos curtos, têm mais dificuldade de resfriar o ar quente. Em caso de respiração ofegante, saliva espessa e mucosa escura, procure imediatamente o socorro imediato de um profissional veterinário.
– Passeios
A insolação pode ocorrer também durante passeios ou em ambientes sem sombra, por isso é preciso disponibilizar água em abundância.
– Doenças sazonais
Atenção às doenças sazonais, como alérgicas, virais ou causadas por protozoários. A umidade pode desencadear processos alérgicos. Em todos os casos, os procedimentos de prevenção e manutenção da higiene dos animais e dos ambientes são os meios mais adequados para garantir saúde e bem-estar.
– Cuidados especiais
Cães e gatos que tenham focinho, plano nasal, pálpebras e orelhas brancas por serem mais susceptíveis às lesões que, sem cuidado adequado podem causar câncer de pele. Nesses casos, os tutores precisam aplicar protetor solar e, o mais importante, manter os animais sempre na sombra;
– Tosa de versão
Gatos e cães de pelos longos podem se beneficiar da ‘tosa de verão’ com o resfriamento corporal. No entanto, Manhoso lembra que cães das raças “husky siberiano e akitas são protegidas por um ‘sub-pelo’ que promove o isolamento do calor, por isso não é recomendada a tosa total, mas sim a higiênica”.
Mas Fabio Manhoso explica ainda que não existe uma fórmula pronta, cada caso é um caso. “O fundamental é que os animais estejam vacinados, vermifugados e fazendo uso de antiparasitários. A avaliação de saúde feita por um profissional é o que fará a diferença em qualquer situação, especialmente nessa época do ano.”
