O Sindicato dos Servidores Municipais iniciou hoje uma romaria de diretores a prédios públicos para convocar pessoalmente os trabalhadores para assembleia de amanhã (sexta, 8), às 18h30, para discutir proposta de greve em Marília.
Diretores da entidade estiveram nas portas de escolas municipais e garagens de serviços e obras para falar sobre a campanha salarial.
a categoria pede 8,4% de reajuste para repor perdas com a inflação. A prefeitura ofereceu 4,5% de reajuste e já enviou para a Câmara proposta com este índice. O projeto deve ser votado na próxima segunda-feira, dia 11, depois de os vereadores conheceram a decisão dos servidores sobre os índices.
Enquanto discute com os trabalhadores, o sindicato busca apoio dos vereadores para a campanha. Já conseguiu um apoio importante: o governista Marcos Rezende (PSD), vice-presidente da Câmara, acompanhou uma das reuniões e disse aos servidores que pretende votar de acordo com a vontade dos trabalhadores.
Ou seja, se a assembleia rejeitar o índice, ele votaria contra o projeto, segundo mensagem divulgada pelo sindicato após um dos encontros.
A Câmara tem sido a principal plataforma de divulgação da campanha. Após cada assembleia ou encontro os trabalhadores fazem caminhada até o Legislativo.
A pressão já havia provocado a formação de uma comissão de vereadores para acompanhar a negociação, o que não significou grandes mudanças: a proposta da prefeitura após três reuniões subiu pouco e foi de 3,7% para 4,5%.
O secretário municipal de Economia e Planejamento, Rodrigo Zotti, disse em nota distribuída pela Prefeitura que o aumento de 8,4% elevaria os gastos com servidores em R$ 1,5 milhão por mês e disse que a prefeitura não tem condições de assumir esse compromisso.
“Além disso, atualmente, as despesas com o funcionalismo público representam 52,17% das nossas receitas e está acima do limite prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal”, afirma Zotti.