Quase 90 dias depois de deixar o hospital e encerrar 18 meses de internação em Marília, o caminhoneiro Marcos Barbosa agora luta para pagar remédios, briga na Justiça para ter acesso gratuito a alguns medicamentos de alto custo e espera conclusão de reformas na casa da família para retomada da vida.
Marcos perdeu as duas pernas após acidente em que ficou preso na cabine do caminhão que conduzia na região de Ibitinga. O veículo pegou fogo e ele sofreu ferimentos graves.
Passou quase dois anos no hospital entre os vários procedimentos cirúrgicos e de cicatrização dos procedimentos.
Hoje mora com a irmã em uma casa grande da família herança dos pais para cinco filhos, mas sem estrutura completa para as novas necessidades.
O novo estilo de vida trouxe obstáculos novos, não há equipe, o motorista sofre com crises de ansiedade, a postura permanente deitado cria alguns desconfortos e problemas físicos e de forma lenta evolui em mobilidade com cadeira e apoio.
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Um dos desafios é a implantação de acessibilidade na entrada. A família contava com doação de corrimãos, que nunca foram entregues. Usou alguns recursos de vaquinhas e doações em outros gastos como adequação de portas e equipamentos.
Enfrenta custos de medicamentos. “Estamos esperando na Justiça a resposta para um deles. Já substituímos outro, alguns recebemos do sistema, vamos levando”, conta a irmã, Márcia Barbosa, que acompanha Marcos desde o acidente.
Algumas rifas ajudaram – a última delas, que vai sortear uma miniatura de carreta – está na fase final com pouco números a R$ 20.
“Foi doação de um amigo dele, toda em metal e plástico, articulada. As primeiras doações ajudamos na casa e nas condições de receber o Marcos, agora a gente põe tudo nos medicamentos”, conta a irmã.
Não há mais vaquinhas online e nem campanhas permanentes de doação. A rifa ou doações agora são feitas pessoalmente pelo contato com Marcia, feito pelo Whatsapp.
