Pode ir à Justiça

Vítima de acidente em Marília tem complicações após alta e polêmica com hospital

Vítima de acidente tem complicações após alta e polêmica com hospital em Marília
Giovana, a vítima, tem complicações após alta e polêmica com hospital


Maria Giovana, 27, vítima de grave acidente em Marília, tem novo drama por complicações após alta em caso de polêmica com hospital que pode chegar à Justiça.

A família acusa a Santa Casa de negar vaga em retorno após quadro grave de pneumonia e febre. A mãe, Lilian, diz que tudo começou menos de 12h após a alta.

E, ainda, aponta suspeitas de que o hospital deixou passar problemas de infecção e até fratura no braço na alta. Já tem acompanhamento de advogada e diz que pode levar o caso à justiça.

Giovana precisou de atendimento logo depois de deixar a Santa Casa. Teve, ainda, que receber atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) na zona norte. A partir daí, conseguiu uma vaga na Aconchego.

A Santa Casa, contudo, descarta falha nos procedimentos. Diz, inclusive, estar em situação de lotação e que o caso pode ter procedimentos por outra unidade sem qualquer problema.

Complicações e polêmica

A mãe diz que recebeu a filha em casa às 21h. Às 4h do dia seguinte Giovana começou a passar mal.
“Muito pouco tempo. Pode ter todos os relatórios, mas um quadro de pneumonia não aparece de terça para quarta. Trocaram a traqueo na terça e deram alta. Não teve tempo de observação.” Ele veio secretiva, coisa que lá ela não estava. Apresentou febre e muita secreção”, disse a mãe.”

Lilian conta ainda que em menos de 12h a filha atingiu nível alto de febre. Não obstante, o relatório da Santa Casa aponta que Giovana teve alta sem febre ou uso de antibióticos. Contudo, a mãe afirmou que a filha recebia dipirona de 4h em 4h, o que pode impedir revelação da febre.

Mas a indignação de Lilian envolve ainda o que ela considera uma promessa desfeita. “Falaram pra mim que as portas estavam abertas pra Giovana. Cadê as portas abertas agora? Falaram só pra ela ir pra casa?”

A direção da Santa Casa diz, porém, que a jovem tem situação de paciente grave e, eventualmente vai precisar de acompanhamento de uma ou outra especialidade.

“Nesse momento precisa de clínica. E a gente está com hospital lotado, poderia ser tratado em outro hospital”, aponta, ainda, o hospital. Dias, aliás, que ela tem agendamento para 30 dias após a alta.

Vítima de acidente

Giovana sofreu em setembro um acidente de moto que provocou internação no Hospital das Clínicas e transferência para a Santa Casa.

Chegou com grave quadro neurológico, politrauma, traumatismo de crânio importante. Segundo relatório da Santa Casa, ainda no HC teve parada cardiorrespiratória e foi reanimada cinco vezes.

Foi direto para a UTI (Unidade de terapia Intensiva) Adulto e passou dias por lá. No dia 25 sofreu cirurgia craniotomia descompressiva.

Evolui e foi para a enfermaria. No dia 16, menos de um mês após o acidente, o hospital começou a tratar com o serviço Melhor em Casa, da prefeitura, o planejamento de alta.

Giovana ficou com série de dependências. Precisou fazer uma traqueostomia, implantação de sonda para alimentação, procedimentos de aspiração de secreções.