Praticamente 13 anos depois de receber escritura para instalar uma fábrica em Marília em agosto de 2003, a Yoki Alimentos vai deixar a cidade. A General Mills, grupo norte-americano que assumiu a empresa as atividades em Marília em 2012, anunciou hoje em nota que o centro distribuidor mantido pela marca na cidade será fechado.
Segundo a nota, a medida é uma decisão estratégia e vai provocar extinção de cem vagas de emprego. Quando ganhou o terreno para instalação da fábrica, a Yoki previu investimentos de R$ 25 milhões e geração de 750 vagas de trabalho.
A empresa já mantinha um centro de distribuição e no início dos anos 2000 mantinha em torno de 280 trabalhadores. A proposta de ampliação na época provocou a doação de uma área com projeção de instalar 115 mil m² de estrutura.
Mas os projetos de expansão da marca foram prejudicados por disputas internas e a Yoki entrou em processo de venda ainda em 2011, já com redução dos programas de investimentos. A negociação com a Mills aconteceu em meio a uma tragédia familiar, a morte do diretor da empresa Marcio Kitano Matsunaga, assassinado pela esposa em maio de 2012.
Márcio, que representou a empresa na divulgação dos investimentos e boa parte da negociação para implantação em Marília, não participava do processo de venda da companhia, que seguiu apesar de sua morte.
A empresa, fundada em 1960, acabou vendida ao grupo dos Estados Unidos em negócio estimado em R$ 2 bilhões. E a partir de então entrou em programa de reorganização e mudanças.
A fábrica de Marília deixou de ser prioridade no grupo. A cidade manteve o centro distribuidor, que deve encerrar as atividades no dia 19 de agosto.
Veja o comunicado enviado pela General Mills ao Giro Marília nesta quarta-feira:
“A General Mills anuncia hoje o encerramento das atividades de manufatura e do centro de distribuição de Marília, que está sob sua direção desde 2012. Essa é uma decisão estratégica da General Mills para melhorar a eficiência operacional do negócio.
A General Mills já está em processo de negociação do pacote de desligamento, com os responsáveis do sindicato dos trabalhadores de Marília, para aproximadamente 100 funcionários impactados. O encerramento das atividades acontecerá em 19 de agosto de 2016.”