Marília

Zoonoses confirma larvas em empresa e ataca relatório da polícia

Recipiente com larvas que teriam sido encontradas na fábrica – Divulgação/Prefeitura de Marília
Recipiente com larvas que teriam sido encontradas na fábrica – Divulgação/Prefeitura de Marília

“Interpretação equivocada”, “disparidade entre informações e relatório” e até um inusitado pedido para correções no relatório final de inquérito quase cinco meses após a investigação.

São essas as respostas da Divisão de Zoonoses da Prefeitura de Marília para documento do 3º Distrito Policial que nega existência de larvas e acusa crimes contra a honra do empresário Antonio Augusto Ambrósio, o tato, dono da empresa Estruturas Metálicas Brasil.

O relatório policial aponta depoimentos de dois secretários de saúde – o anterior, Luiz Takano, e o atual Danilo Bigeschi – negando existência de larvas do mosquito Aedes aegypti na empresa, que sofreu duas fiscalizações – nos dias 27 de fevreiro e 2 de março deste ano – e foi multada em R$ 23 mil. A empresa recorreu contra a multa e até hoje não há respostas para o recurso

A Procuradoria Jurídica do Município pediu que o delegado Flávio Rino Guimarães “solicitando a elaboração de novo relatório, com a necessária e obrigatória correção com vistas a reestabelecer a verdade”. O delegado disse ao Giro que recebeu o pedido, negou e arquivou por falta de fundamento jurídico.

Veja a íntegra da nota enviada pelo setor de zoonoses

                                                                                               Divulgação – Prefeitura de Marília

Fiscais do setor de Zoonoses e Bombeiros durante vistoria na empresa 

Combate à Dengue:
Divisão de Zoonoses confirma focos de dengue em duas vistorias feitas em empresa de Tato

A Secretaria Municipal da Saúde – por meio do Setor de Divisão de Zoonoses – confirmou que foram encontrados focos de criadouros do mosquito da dengue, em vistorias técnicas realizadas na empresa Estruturas Metálicas Brasil – localizada na zona Norte da cidade e de propriedade de Antônio Augusto Ambrósio (Tato).

Em resposta as matérias divulgadas em alguns meios de comunicação de Marília, a Secretaria Municipal da Saúde divulgou nesta segunda-feira, nota oficial esclarecendo que:

– Houve interpretação equivocada e nítida disparidade entre as informações prestadas às autoridades policiais e o relatório apresentado, uma vez que nos depoimentos prestados, em nenhum momento foi feito referência à inexistência de focos do mosquito na empresa citada. Divergências essas que motivaram requerimento da Procuradoria Geral do Município no protocolo nº 56917/15 de 04 de novembro de 2015, solicitando a elaboração de novo relatório, com a necessária e obrigatória correção com vistas a reestabelecer a verdade e não causar prejuízo desarrazoado e infundado ao Município;

– Esclarecemos ainda que, a competência para vistoria do local citado é da Divisão de Zoonoses e dos fiscais do município, e que conforme relatório de visita de 27/02/15, realizada sob o acompanhamento dos responsáveis pela empresa, foram identificados 05 recipientes existentes (lata, frasco ou plástico) sendo os 05 com água e 03 com larvas, e 10 outros existentes (estrutura de ferro – vulgo “terça”) sendo 04 com água e 01 com larvas. Além destes, foram identificados grande quantidade de material de risco exposto ao tempo, como copos plásticos, lonas, tambores, pedaços de ferro e estrutura de metal. Os responsáveis foram orientados sobre as medidas que deveriam ser adotadas em caráter emergencial, como a limpeza das dependências da empresa com remoção do material de risco e o acondicionamento adequado da estrutura de metal, tendo em vista o risco de transmissão da doença aos funcionários da empresa e comunidade adjacente;

– No retorno para verificação das providências adotadas, conforme relatório de visita datado de 02/03/2015, também acompanhado dos responsáveis pela empresa, foram encontrados novamente diversos copos plásticos descartáveis – sendo 02 com larvas; e também algumas lonas plásticas – sendo 01 com larvas; permanecendo ainda nas dependências da empresa acúmulo de grande quantidade de material inservível exposto a chuva e também sobras de material metálico acondicionado de forma inadequada, proporcionando condições favoráveis a procriação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue;

E por fim, informamos que continuaremos trabalhando permanentemente contra essa terrível doença que assola o país, e lamentamos que novamente cidadãos que sequer colaboram com ações de combate à Dengue se utilizem de grave problema de saúde pública para fins de promoção pessoal ou ataques políticos.”