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5 medos de toda mãe de primeira viagem

5 medos de toda mãe de primeira viagem


O desconhecido sempre assusta. Ser mãe de primeira viagem é uma jornada cheia de desafios e medos, com um sentimento misto de alegria e preocupação. A educadora parental e neurocientista especialista em comportamento e sono infantil, Jéssica Africano, fala sobre os principais medos que toda mãe de primeira viagem sente, como deixar o bebê passando fome, frio ou dor, pela dificuldade em entendê-lo, medo de não saber cuidar corretamente do pequeno e como superá-los e tornar essa experiência maravilhosa e inesquecível.

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Se você é mãe, saiba que você não está sozinha em suas inseguranças. De acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto QualiBest de Pesquisas de Mercado e pelo site Mulheres Incríveis, 70% das mães entrevistadas acreditam que suas vidas sejam difíceis e exaustivas. Entre as inseguranças mais citadas, 55% das mulheres temem não ter condições financeiras para dar o que os filhos precisam, 60% de não ter tempo para a vida pessoal, 52% de não alcançar o equilíbrio entre ser muito rigorosa e não impor limites, 51% de faltar tempo para se dedicar mais ao trabalho, 50% de ter paciência na hora de repreender e corrigir e 41% de ter paciência e energia para brincar e fazer atividade junto com os pequenos.

A maternidade da gerente de Marketing, Bianca Veiga, de 27 anos, mãe de Amy, de dois anos, pode ser resumida em temores que variam de acordo com a fase de sua filha. “Quando eu estava grávida tinha medo de perder o bebê. Quando ela nasceu, era o pavor de não ter leite, depois de não ser suficiente para ela”, conta a gerente. “Passado o drama do leite, meu medo era que acontecesse algo com ela dormindo, então eu só queria dormir se alguém estivesse acordado para vigiá-la. Hoje é aquela insegurança da Amy adoecer, mas já passei pela fase do medo da adaptação ou ela não ser bem cuidada na escola”, desabafa a jovem mãe.

Para a neurocientista, todos esses medos são genuínos e é importante cuidar das questões emocionais maternas e buscar informações corretas. “A maternidade nos coloca vários desafios dos quais não temos controle, e tudo isso nos abala. Quanto mais a mãe investir em autoconhecimento e em conhecer as necessidades de seus filhos, buscando uma rotina equilibrada, mais facilmente vai superar diversos problemas, inclusive como a privação de sono. Assim, o maternar desta mãe será mais leve”, destaca Jéssica.

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Nada é mais poderoso que a informação, segundo a especialista. “Receber o título de mãe não nos capacita para entendermos tudo sobre nossos filhos. A informação correta nos liberta do medo e nos prepara para termos uma ação assertiva em cada situação”, orienta.

Ainda segundo a especialista, quando você entende sobre as necessidades dos bebês, sobre o sono, como conduzir o bebê corretamente ao berço, ensinar a dormir do modo correto ou identificar o motivo do choro, é libertador. A seguir, criar bons hábitos e atender as necessidades básicas dos pequenos, como de sono, amor e alimento, já é um grande passo para educar positivamente. “Crianças que tem seu ritmo fisiológico atendido, fazem menos choradeira, birras, luta contra o sono e dificuldade em aceitar o não. E isso, por si só, já reduz o medo e a insegurança das mães de primeira viagem”, enfatiza.

Jéssica conta que foi uma mãe extremamente insegura quando seu filho mais velho nasceu, há quase sete anos. “Eu não sabia nada e sofri na pele a privação de sono que facilmente poderia ter sido evitada com as informações corretas”, desabafa. Foi por ele que a neurocientista buscou se especializar em sono infantil e quando foi mãe pela segunda vez, o que a fez ter uma maternidade mais leve não foi a experiência, mas o conhecimento.

“Entender sobre o sono e demais necessidades da minha filha desde seu primeiro dia de vida me salvou. Senão minha vida teria sido caótica, mesmo sendo mãe de dois. A informação é poderosa, é uma pena que nem todos os pais investem nisso e preferem acreditar em mitos sociais que mais atrapalham do que ajudam”, conclui a idealizadora do método Mapa do Sono, que já ajudou mais de 10 mil famílias.

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Fonte: Mulher