Com o objetivo de conscientizar as mamães sobre a importância da amamentação, o mês de agosto ficou conhecido como o “Mês do Aleitamento Materno”. A cor escolhida foi o dourado, que simboliza o padrão ouro de qualidade do leite materno . Isso porque ele é considerado o alimento mais completo para os primeiros meses de vida do bebê. É nele que estão contidos todos os nutrientes necessários para um desenvolvimento saudável.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) estimam que cerca de seis milhões de vidas são salvas por ano por causa do aumento das taxas de amamentação até o sexto mês de idade. É recomendado que o aleitamento materno seja feito de forma exclusiva até os seis meses de vida da criança e funcione como complemento até os 2 anos ou mais.
A importância da amamentação
Nos primeiros dias após o nascimento do filho, a mulher produz um leite amarelado e de espessura densa, conhecido como “colostro”, que ajuda a proteger a criança contra infecções. É o que explica a infectologista pediátrica Cristiana Meirelles, da Beep Saúde, empresa de exames e vacinas a domicílio.
“O colostro (primeira mamada) é fundamental para o sistema imunológico do recém-nascido. Geralmente, ele dura em torno de três a cinco dias e é substituído pelo leite maduro após esse período. Até dois terços das células do colostro são glóbulos brancos (leucócitos), que além de protegerem contra infecções, ajudam o bebê a iniciar sua própria defesa. Os glóbulos brancos do colostro produzem anticorpos que neutralizam bactérias e vírus”, afirma a médica.
Mas a amamentação não é benéfica apenas para o bebê. “Para a gestante, o aleitamento materno é uma oportunidade de fortalecer o vínculo emocional com o filho, além de favorecer a recuperação pós-parto e auxiliar no controle do peso, ajudando na prevenção de complicações relacionadas à saúde, como diabetes gestacional e hipertensão”, esclarece Cristiana Meirelles.
Saúde da mãe e do bebê
O pré-natal é fundamental em termos de prevenção e/ou detecção precoce de patologias tanto maternas como fetais, permitindo um desenvolvimento saudável do bebê e reduzindo riscos à saúde da gestante. Alguns dos exames essenciais que devem ser realizados durante a gravidez são: hemograma completo, grupo sanguíneo e fator Rh; sorologia para sífilis (VDRL); glicemia em jejum; Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG); sorologia anti-HIV; sorologia para toxoplasmose; sorologia para hepatite B; dentre outros.
A vacinação também é indispensável para a proteção da mãe e do bebê. Segundo a infectologista, as vacinas que devem ser tomadas nesse período são:
- Tríplice bacteriana acelular (dTpa), que previne contra difteria, tétano e coqueluche e deve ser administrada a partir da 20ª semana de gestação. Para aquelas mulheres com esquema de vacinação incompleto, podem ser necessárias mais de uma dose;
- Hepatite B em três doses para as gestantes que não foram vacinadas anteriormente e são suscetíveis à infecção;
- Influenza (gripe) quadrivalente, em dose única. Em situação epidemiológica de risco, especialmente para gestantes com alterações do sistema imunológico, pode ser considerada uma segunda dose a partir de três meses após a dose anual;
- Covid-19.
Já o NIPT (teste pré-natal não invasivo) pode ser feito em qualquer gestante, mas é principalmente indicado em casos de gestações que possuem um risco mais elevado de alterações cromossômicas, de acordo com a especialista.
“É feito através de uma coleta de sangue da mãe, com análise do DNA fetal, que avalia o risco de doenças cromossômicas, além de identificar o sexo do bebê. Detecta possíveis alterações como as síndromes de Down, de Edwards ou de Patau e alterações dos cromossomos sexuais, como nas síndromes de Turner e de Klinefelter. A coleta deve ser feita a partir de nove semanas de gestação, não devendo ser realizada antes”, diz.
É preciso estar atenta também aos fatores que determinam que a gestação é de alto risco, como: diabetes gestacional, gestação múltipla, hipertensão, idade (adolescentes e mulheres com mais de 35 anos) e peso da gestante e ameaça de parto prematuro. Nestes casos, é fundamental o acompanhamento minucioso do médico assistente, com realização dos exames pré-natais no momento certo e adesão às orientações dietéticas, como atividades físicas, eliminação de fumo e álcool, dentre outras.
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Fonte: Mulher