Muitas pessoas aproveitam os finais de semana para fazer passeios, encontrar amigos ou praticar algum tipo de esporte. Porém, os chamados “atletas de final de semana” ou “atletas amadores” estão sujeitos a diversos tipos de lesões musculoesqueléticas e outros prejuízos à saúde, como danos no funcionamento do pulmão e do coração, principalmente aqueles que preferem modalidades mais intensas sem ter o preparo adequado.
Segundo Daniel Ramallo, coordenador da Ortopedia do Hospital São Lucas Copacabana, que faz parte da Dasa, o atleta de final de semana é o paciente que mais preocupa o especialista porque, muitas vezes, o corpo dele não está preparado para o estímulo ao qual é submetido. “Ficar muitos dias sem nenhuma atividade física e depois praticar um esporte por horas é um cenário propício para torções, fraturas ósseas e lesões musculares, além de poder causar a sobrecarga da função pulmonar e cardiovascular”, afirma o médico. Entre as principais lesões estão as que ocorrem nos ligamentos do joelho, tornozelo e ombro, além das fraturas por estresse que podem surgir por causa do movimento repetitivo.
“Qualquer tipo de esporte exige preparo físico e uma frequência mínima de prática para que o corpo se acostume com o estímulo e consiga corresponder à intensidade do exercício sem sobrecargas. Por isso, recomendamos que os atletas que não são profissionais façam atividades físicas três vezes por semana, no mínimo, para manter o corpo preparado, ganhar massa muscular – principalmente com o auxílio da musculação – e reduzir o risco de lesões”, explica Daniel.
O ortopedista recomenda, ainda, que o intervalo entre uma prática e outra não seja de semanas ou meses, pois quanto mais tempo o corpo não receber determinado estímulo, mais despreparado ele ficará ao longo dos dias.
Além de manter-se engajado com os exercícios, é muito importante que o atleta amador respeite os próprios limites corporais, volte gradativamente à prática do esporte se ficar muito tempo afastado e tenha outras preocupações para que seu rendimento seja satisfatório e não sobrecarregue o corpo.
Segundo Lucas Rodrigues, ortopedista esportivo do Hospital São Lucas Copacabana, é indicado fazer um aquecimento e exercícios de mobilidade antes da atividade física propriamente dita, assim como um bom alongamento depois da prática. Hidratar-se gradualmente ao longo do dia e garantir um material adequado e de boa qualidade – como os corredores, que devem investir em um bom tênis projetado para essa prática, por exemplo – também são cuidados importantes para manter o bem-estar.
“Outro ponto fundamental no cuidado com a saúde do atleta não profissional é consultar-se de forma regular com seu ortopedista de confiança. Esse profissional é capaz de identificar e tratar particularidades na anatomia do paciente que podem prejudicar sua saúde tanto no dia a dia quanto na prática do esporte, como pisadas erradas, e definir métodos para prevenção de lesões e ganho de performance”, detalha Lucas.
A prática de atividades físicas, seja em forma de corridas, musculação, seja como modalidades esportivas, deve fazer parte da rotina de todas as pessoas, e não apenas dos atletas. Quando aliada a uma alimentação balanceada, ela também traz benefícios para a saúde mental, como alívio dos sintomas do estresse e da depressão, fortalecimento da função pulmonar, combate à obesidade e redução das chances de surgimento de diversas condições cardiovasculares, como ataques cardíacos e até mesmo acidente vascular cerebral (AVC).
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Fonte: Mulher