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Cirurgia plástica na terceira idade: o que você precisa saber

Reprodução/Instagram/greceghanem Cirurgia plástica na terceira idade: o que você precisa saber
Reprodução/Instagram/greceghanem Cirurgia plástica na terceira idade: o que você precisa saber
 

No Brasil, as pessoas idosas representam 15,1% da população do país, revelam os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E, com o avanço na medicina, os idosos de hoje parecem mais jovens e mais dispostos do que as gerações anteriores. Mas esse fenômeno não é à toa: de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o número de procedimentos na terceira idade saltou de 5,4% para 6,6% entre 2016 e 2018 — e a tendência é que siga aumentando.

A boa notícia é que a idade por si só não é um fator impeditivo para a realização de cirurgias plásticas ou procedimentos estéticos menos invasivos. “Procedimentos cirúrgicos e estéticos para rejuvenescimento facial, como o face-lift (ritidoplastia) e blefaroplastia (cirurgia das pálpebras), além da aplicação de bioestimuladores, toxina botulínica (botox) e preenchedores estão entre os mais procurados por homens e mulheres acima dos 60 anos”, afirma Luís Maatz, cirurgião plástico e membro da SBCP.

 

Com o aumento da expectativa de vida e melhora do controle de doenças crônicas, outras opções têm se tornado cada vez mais comuns, segundo Maatz, incluindo mamoplastias, abdominoplastias e cirurgia íntima, por exemplo. A recuperação, no entanto, costuma ser mais demorada. “O processo de cicatrização é mais lento e menos exuberante, e com o aumento da idade, há uma maior chance de algumas complicações como formação de coágulos sanguíneos, pneumonia e infecções urinárias”, alerta o cirurgião plástico.

Como em toda cirurgia, é necessária a avaliação minuciosa do estado de saúde do paciente, incluindo exame físico detalhado, histórico de doenças e uso de medicamentos, além do histórico familiar, exames laboratoriais e cardiológicos e avaliações complementares, específicas para cada caso. Quaisquer doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e colesterol alto, devem estar sob controle e, na presença de qualquer uma delas, deve ser feita a avaliação de risco por um médico especialista.

Já em relação ao pós-operatório, o médico reforça que é importante seguir à risca as orientações dadas pelo cirurgião responsável. No geral, são elas:

  • Evitar esforço físico, com suporte e auxílio para algumas atividades habituais como levantar da cama e tomar banho, em especial nos primeiros dias;
  • Fazer uso correto de todas as medicações prescritas;
  • Usar cintas, sutiãs, faixas e meias compressivas e realizar drenagens linfáticas quando indicadas;
  • Fazer refeições com variedade de nutrientes e dando especial atenção à ingestão de proteínas;
  • Usar suplementos nutricionais e vitamínicos conforme orientação profissional;
  • Cuidados de higiene com os curativos e drenos, quando presentes; e
  • Evitar longos períodos de imobilização do corpo, para melhorar a circulação sanguínea, trânsito intestinal e expansibilidade pulmonar.

Fonte: Mulher