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Dia da Mulher Negra leva cultura afro, inclusão e debate ao teatro

Dia da Mulher Negra leva cultura afro, inclusão e debate ao teatro

O Teatro Municipal de Marília recebe nesta terça-feira um programa de cultura, debate e conscientização para lembrar o Dia Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, 25 de julho, comemorado em todo o continente como forma de combater preconceito, machismo e exclusão social.

O evento é uma iniciativa do coletivo Negras Ginga com outros coletivos como Projeto Raízes, AfroDandara, Negras Sou e Afrontonsas, além de apoio da Secretaria da Cultura.

Apresentações musicais em diferentes estilos e expressões culturais com influência afro, como capoeira e candomblé, vão dividir espaço com leitura de Carta da Mulher Negra Latino Caribenha, exposição de fotografias, dados de pesquisas e divulgação do Afrofest, um evento de promoção da cultura afro em Marília.

“O evento é voltado para as questões e discussões étnico-raciais e que prioriza e se aprofunda nas problemáticas que tange à mulher negra: racismo, machismo e sexismo e vamos fazer desse dia um ato político que envolve músicas, danças, palestra”, explica Jéssica Machado, coordenadora do Negras Ginga.

A data surgiu da união de várias mulheres negras no ano de 1992, em Santo Domingo, na República Dominicana, para o 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas

O encontro internacionalizou o debate sobre inclusão e reconhecimento cultural e faz surgir o movimento das mulheres afro-latinas e caribenhas.

“Essa união permitiu a aproximação de profissionais de comunicação, cultura, acadêmicos e áreas afins que hegemonizaram a luta negra na diáspora de forma continental. Data que nos dias de hoje, temos orgulho em comemorar. “

Em 2014, a presidente Dilma Rousseff sancionou lei que instituiu o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, a ser comemorado, anualmente, em 25 de julho.

“Isto significa o rompimento com um feminismo que nunca nos contemplou. Resgata a luta das mulheres negras iniciada ainda na década 70, através das feministas negras.”

Os ingressos podem ser trocados na bilheteria por um quilo de alimento não perecível. Começa às 19h no Teatro Municipal de Marília “Waldir Silveira Mello”.