Neste sábado, 26 de agosto, é comemorado o Dia Internacional da Igualdade Feminina. A data, que começou a ser celebrada, originalmente, nos Estados Unidos, em 26 de agosto de 1973, representa a luta pela igualdade de gênero e pelo empoderamento feminino. Foi implementada pelo Congresso dos Estados Unidos em homenagem à data de aprovação da emenda que permitiu o voto às mulheres.
Este marco histórico abriu mais espaço e visibilidade para as mulheres e tornou a corrida pela igualdade de direitos ainda mais viva. A luta contra a violência de gênero, a presença das mulheres em cargos de liderança e a busca por igualdade salarial são alguns exemplos do quanto já foi conquistado e também do que ainda está por vir.
A luta é constante e serve para mostrar que apesar dos esforços e avanços que aconteceram nas últimas décadas, o caminho ainda é extenso para que a igualdade de gênero seja alcançada na sociedade.
Um ponto que vale mencionar é sobre a presença de mulheres em áreas consideradas “masculinas”. Em um mundo cada vez mais digital e tecnológico, a tendência é ter cada vez mais empregos nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Mas, hoje, por exemplo, somente 20% dos profissionais brasileiros do setor de tecnologia são mulheres, segundo o IBGE, com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).
Apesar desse número, existem milhares de mulheres desenvolvedoras e revolucionárias que estão buscando espaço em setores como de TI, por exemplo, e propondo, tanto quanto os homens, soluções para problemas reais por meio da tecnologia. Muitas atuam com blockchain, nuvem, Big Data, cibersegurança e mais.
Para falar sobre o tema e incentivar outras mulheres e jovens, Sylvia Bellio, empresária e CEO e Co-fundadora da itl.tech, empresa eleita por quatro anos consecutivos o Maior Canal de Vendas Dell Technologies, e única mulher no país a fazer parte do conselho de empresas parceiras da Dell, organizou uma série com três livros, que apresenta histórias inspiradoras e relatos de 68 brasileiras que estão revolucionando a TI e o preconceito no país. O mais recente é o TI de Salto 3.
Experiências pessoais, dificuldades, vitórias e, conquistas no espaço dentro da TI são abordadas nessas narrativas. TI de Salto: Volume 3 conta com depoimentos, reflexões e contribuições de 22 mulheres que fazem ou fizeram parte do mercado de tecnologia. Além disso, os relatos apontam o preconceito e a desigualdade moldados dentro de um sistema ultrapassado, mas que ainda possui reflexos na atualidade.
Sylvia diz que as mulheres são minoria no setor de tecnologia, mas que isso não significa que a contribuição delas é pequena, muito pelo contrário. “A ideia do livro, que está em sua terceira edição, é exaltar grandes trajetórias de pessoas que venceram o preconceito, o machismo, a desconfiança e até a autossabotagem para prosperarem e contribuírem com o desenvolvimento de novas tecnologias e, consequentemente, com o desenvolvimento do país”, argumenta.
A empresária é exemplo de como as mulheres precisam quebrar diferentes barreiras para ganhar o respeito e receber tratamento igualitário. Na adolescência, realizou curso de eletrônica e era a única mulher da turma, e já naquela época se questionava se não havia algo errado.
Hoje, possui mais de 20 anos de experiência no mercado de Tecnologia e conduz sua equipe com os profissionais de TI na busca de soluções para resolver os desafios de negócios das empresas.
Sylvia fala sobre a importância de abordar o tema e a também a mensagem que pretende transmitir com essas experiências. “O intuito do livro é incentivar, inspirar e incluir, visto que, quando essas histórias de superação são compartilhadas, mostram para outras mulheres e meninas que também podem realizar os seus sonhos e chegarem mais alto do que imaginam”, relata.
Além da série TI de Salto, Sylvia é organizadora do Projeto Conte sua História, que tem como objetivo divulgar, compartilhar histórias de mulheres da vida real. O primeiro livro do projeto, “Mulheres Além do Óbvio” foi lançado em 2020. “A capacidade não pode ser definida pelo gênero, mas sim pela força de vontade”, ressalta Bellio.
Fonte: Mulher