A relação entre apetite matinal e metabolismo tem despertado o interesse de pesquisadores e profissionais de saúde. Muitas pessoas experimentam variações significativas em seus níveis de fome durante diferentes momentos do dia, e entender como isso está relacionado ao funcionamento do metabolismo pode ser fundamental para uma alimentação saudável e equilibrada, além de informações sobre ganho de peso.
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Karinee Abrahim, nutricionista do Instituto Nutrindo Ideais (@NutrindoIdeais), formada pela Universidade Estácio e é Pós-graduada em Metabolismo e Emagrecimento, argumenta que não é necessariamente o momento específico em que você come que determina o ganho de peso, mas sim a quantidade total de calorias consumidas em relação ao seu gasto energético. A recomendação é de comer menos à noite, isso está relacionado a alguns fatores fisiológicos e de digestão que podem influenciar a saúde e o gerenciamento do peso. À noite, nosso metabolismo basal, que é a taxa metabólica em repouso, tende a ser mais baixo do que durante o dia. Isso significa que nosso corpo queima menos calorias enquanto está em repouso durante a noite.
Portanto, consumir menos calorias nesse período pode ajudar a manter um equilíbrio energético adequado. Durante a noite, nossos níveis de hormônios relacionados à fome e à saciedade, como a leptina e a grelina, podem ser influenciados. A grelina, conhecida como o “hormônio da fome”, geralmente aumenta à noite, enquanto a leptina, conhecida como o “hormônio da saciedade”, pode diminuir. Isso pode fazer com que nos sintamos mais propensos a comer mais à noite.
A digestão tende a ser mais lenta durante a noite, especialmente quando estamos em repouso e em posição horizontal durante o sono. Isso pode causar desconforto digestivo, como indigestão e refluxo ácido, se comermos refeições pesadas ou grandes antes de dormir. Para evitar esses sintomas e garantir uma boa qualidade de sono, é recomendado fazer refeições mais leves e permitir um intervalo adequado entre a última refeição e o horário de dormir, sono ruim também tem relação com ganho de peso.
De acordo com Thomáz Baêsso (@thomazbaesso), médico atuante em nutrologia, afiliado do Instituto Nutrindo Ideais em São Paulo, com vasta experiência em emagrecimento, hipertrofia e saúde sexual, nós temos no corpo um relógio biológico central que está diretamente ligado ao ciclo circadiano e a luz solar. Ele mantém nosso metabolismo bem ativo durante o dia e, a partir do final da tarde são liberados hormônios e neurotransmissores capazes de preparar o corpo para dormir.
A alimentação em horários avançados atrapalha fortemente essa regulação natural e contribui para o desenvolvimento de doenças, especialmente a obesidade, cardiovasculares, diabetes tipo 2 e outras doenças crônicas não transmissíveis. Além disso, temos também uma relação genética envolvida, genes como SIRT-1, CLOCK e BMAL, relacionam a obesidade, síndrome metabólica e diabetes com o comer noturno e as piores noites de sono.
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De forma hormonal, ao nos alimentarmos e iniciarmos a digestão, liberamos diversos hormônios e neurotransmissores, como cortisol e noradrenalina. Sendo que mantemos nosso corpo em estado de alerta, a queda noturna fisiológica é esperada da pressão não acontece e retardamos o início da liberação de hormônios relacionados ao sono, como melatonina, o que faz com não tenhamos um sono reparador. Thomáz diz que a fome metabólica, ou homeostática, é a fome real, motivada pela falta de calorias e nutrientes no corpo.
A nutricionista aponta que pela manhã, um café da manhã com quantidade adequada de proteínas, que varia para cada pessoa, ajuda a controlar a fome no resto do dia. Frutas, sucos, vitaminas são boas opções. Para quem não tem fome, Whey protein é excelente para junto fazer um mix com frutas e aveia, omelete com vegetais e sementes, são exemplos de refeições leves, protéicas e de fácil digestão para começar o dia.
Fonte: Mulher