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Existe positividade tóxica, tão criticada pela atriz Carolina Ferraz?

Reprodução/Instagram O que é a positividade tóxica, falada por Carolina Ferraz?
Reprodução/Instagram O que é a positividade tóxica, falada por Carolina Ferraz?


Dias atrás, um vídeo da atriz e apresentadora Carolina Ferraz condenando a chamada “positividade tóxica” ganhou holofotes na mídia. Tudo porque a artista declarou que a prática de “esconder” sentimentos negativos pode sim afetar a saúde mental de todos. No registro ela conta que abriu a rede social e se deparou com uma mensagem de bom dia de uma pessoa que questiona: “E aí, o que você já fez hoje para se tornar um ser humano melhor?”

Carolina Ferraz critica ‘positividade tóxica’ das redes sociais

Irritada, Carolina respondeu que cancelou a pessoa na hora e argumentou: “A gente acorda e já se depara com essa pregação de ter que ser um ser humano melhor. Eu sou comprometida comigo mesma, quero melhorar, quero ser um ser humano melhor. Mas esse povo que fica fazendo ‘coaching’; da alegria é muito irritante, essa positividade tóxica é muito chata, sabe? Eu tenho uma amiga e a mãe faleceu. Deixa a pessoa sofrer, gente! Deixa ela ficar de luto, ela vai se recuperar, é evidente”, desabafou.

O posicionamento da celebridade causou reações diversas de especialistas e fez soar uma pergunta que nos coloca em análise: existe mal em ser positivo ou é preciso haver um limite? Para Edson De Paula, psicanalista, escritor e palestrante especialista em comunicação e comportamento organizacional, não existe positividade tóxica. “Positividade é Positividade. O que existe é a evitação a qualquer custo do pessimismo e da infelicidade, pois o ser humano buscará sempre satisfazer o seu ego em detrimento das insatisfações que a vida proporciona. Aceitar os momentos de tristeza ou insatisfação, é portanto, uma forma de aprender a valorizar os poucos momentos de felicidade que temos na vida”.

O profissional ainda ressalta o pensamento preconceituoso e equivocado que o termo coaching vem sofrendo no Brasil. “Existe uma filosofia errônea porque na verdade o trabalho do coach é melhorar, estimular e desafiar a pessoa com aprendizados e tarefas. Pense assim: se você vai ao médico, ele também vai fazer isso, te estimular a melhorar e buscar um objetivo que vocês traçaram juntos na consulta, através de remédios e tratamentos. (te desafiar, te estimular a melhorar), com remédios ou tratamentos. Se vai ao terapeuta, ele também vai te questionar e fazer refletir para quebrar paradigmas, mudar comportamentos de vida. Falar do Coaching dessa forma, como “virou moda” é desmerecer todo o valor que existe nele e tudo o que ele proporciona para aspessoas que querem evoluir na área comportamental. Assim como existem profissionais ruins, existem coachs ruin não se pode desmerecer um processo que no resto do mundo é altamente valorizado e evolutivo. Uma pena essa “demonização” do Coaching nacionalmente”, ressalta.

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“Não dá para você acordar todo dia e dizer: ‘poxa, hoje o que é que eu já fiz para ser a pessoa que eu quero ser amanhã?’; Por que isso? Tem dia que eu acordo e o máximo que eu consigo é acordar, trabalhar, responder meus e- mails. O máximo que eu consigo naquele dia é fazer coisas do dia a dia”, conclui.

Fonte: Mulher